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Assassinato de Marielle completa 11 meses sem respostas definitivas

Anistia Internacional elabora relatório com 20 questões ainda não esclarecidas sobre as execuções da vereadora e o motorista do carro em que ambos foram emboscados em março de 2018

Publicado: 15 Fevereiro, 2019 - 10h53

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
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Após 11 meses da execução da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, em março do ano passado, o crime segue sem solução. Para a Anistia Internacional, o caso se tornou um "labirinto", com becos sem saída, caminhos inexplorados e, principalmente, muitas perguntas sem respostas. Familiares de Marielle também cobram uma definição.

Para Antônio Francisco da Silva, pai da vereadora, parece não haver verdadeiro empenho para que respostas sejam dadas à família e à sociedade. "Não sei se por trás dessas investigações tem alguma pessoa influente no mando do assassinato. Tem pessoas influentes envolvidas no assassinato?", questionou, em entrevista coletiva, na quarta-feira (13) no Rio de Janeiro.

Reportagem de Viviane Nascimento, para o Seu Jornal, da TVT, mostra que o que se sabe até agora é que as execuções foram cometidas pelo chamado "Escritório do Crime", um grupo de milicianos que mata por encomenda. Cinco suspeitos ligados ao grupo foram presos preventivamente em janeiro. Apesar das inúmeras promessas das autoridades envolvidas e dos constantes anúncios de avanços, as investigações parecem não sair do lugar.

Em seu relatório, a Anistia Internacional – ONG que atua na defesa dos direitos humanos em mais de 150 países – aponta incongruências e possíveis falhas na investigação. Há dúvidas não esclarecidas, por exemplo, quanto à procedência da munição utilizada no assassinato, negligências na perícia e no processo investigatório e quanto à arma do crime, uma submetralhadora de uso restrito das forças de segurança pública.

"Já é grave que armas pertencentes às forças de segurança sejam extraviadas, e ninguém seja responsabilizado por isso. Mais grave ainda que uma arma de mesmo modelo seja usada para assassinar uma vereadora defensora de direitos humanos. Não temos qualquer resposta sobre como essas armas desapareceram, se isso foi investigado, se qualquer diligência foi feita", declara à TVT a assessora de Direitos Humanos da Anistia.

Assista à reportagem: