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Assassino de mestre de capoeira confessa motivação política

Eleitor de Bolsonaro, Paulo Sérgio golpeou Moa do Katendê, em Salvador, com 12 facadas

Publicado: 09 Outubro, 2018 - 13h39 | Última modificação: 09 Outubro, 2018 - 14h14

Escrito por: Redação RBA

TV BRASIL/REPRODUÇÃO
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O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, autor confesso das 12 facadas que mataram o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Coisa, conhecido como Moa do Katendê, em Salvador, na madrugada da segunda-feira (8), disse que o crime foi cometido por motivação política. O assassinato ocorreu após o capoeirista defender o candidato Fernando Haddad (PT) e criticar Jair Bolsonaro (PSL).

Em depoimento à polícia, Paulo Sérgio contou ter discutido com o dono do bar, que apoiava Haddad. Romualdo interveio na discussão e criticou Bolsonaro, o que teria sido o estopim para o assassinato. Ele foi para casa e voltou com uma peixeira, usada para golpear a vítima, por volta das 4h30. O primo de Moa do Katendê, Germinio do Amor Divino Pereira, também foi ferido e está internado no Hospital Geral do Estado (HGE), mas não corre risco de morte.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que Paulo Sérgio tentou fugir da cidade. Ele foi encontrado em casa com uma mochila cheia de roupas. O barbeiro vai ser indiciado por homicídio e tentativa de homicídio.

O enterro do mestre de capoeira também se tornou ato de repúdio à candidatura de Bolsonaro. O corpo foi sepultado ao som de uma orquestra de berimbaus. Além de familiares e amigos, artistas, personalidades negras baianas e secretários de Estado estiveram presentes na despedida.