Assessor de Bolsonaro quer aprovar reforma da Previdência pior do que a de Temer
Paulo Guedes, anunciado como o ministro da Fazenda do governo Bolsonaro, diz que vai priorizar a reforma da Previdência com propostas piores das que apresentadas por Temer, como a capitalização
Publicado: 30 Outubro, 2018 - 14h17 | Última modificação: 30 Outubro, 2018 - 16h04
Escrito por: Redação CUT
O assessor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, já indicado para o Ministério da Fazenda, afirmou nesta terça-feira (30) que a reforma da Previdência deverá ser a primeira ação do governo na economia.
Segundo ele, essa é a reforma “mais importante e a mais rápida” porque o foco inicial do novo governo é o controle da expansão dos gastos públicos. Por isso, a reforma da Previdência é considerada prioritária.
Sobre o projeto de privatização das estatais, disse que será um processo mais “devagar”, que será feito “ao longo do tempo", mas não falou sobre prazo.
Guedes, que falou com jornalistas depois de reunião realizada nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, para discutir como será o trabalho de transição, deu a entender que pretende apoiar a reforma da Previdência proposta pelo ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), que não conseguiu apoio do Congresso Nacional para aprovar as mudanças que praticamente acabam com o sonho de aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
O que é ruim pode piorar
O presidente eleito, segundo Guedes, pretende avançar em uma mudança maior ainda na Previdência brasileira. A proposta deles é adotar o regime de capitalização, no qual os trabalhadores só recebem os benefícios se fizerem uma espécie de poupança.
Saiba Mais
Quem não poupar porque não conseguiu, porque está desempregado ou trabalhando sem carteira assinada ou por conta própria, ganhando menos, situação de um número cada vez maior de brasileiros, desde que entrou em vigor a reforma Trabalhista de Temer, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta terça, nunca se aposentará.
O sistema de capitalização foi adotado no Chile na década de 1980 e arruinou tanto os trabalhadores e trabalhadoras do país, que o atual governo está estudando mudanças para que seus idosos não morram à míngua.