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Atentado contra Acampamento Marisa Letícia repercute na imprensa internacional

E o Brasil novamente é manchete negativa no mundo. Jornais da Europa e Estados Unidos destacaram o ataque fascista contra os trabalhadores e trabalhadoras que estão acampados em apoio ao ex-presidente Lula

Publicado: 30 Abril, 2018 - 10h56 | Última modificação: 30 Abril, 2018 - 11h10

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Jornais dos Estados Unidos e da Europa destacaram o ataque a tiros ao acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, que feriu dois acampados – um levemente com estilhaços e outro mais gravemente, com um tiro no pescoço – na madrugada do sábado (28).

Milhares de pessoas estão ou já passaram pela capital paranaense para apoiar o ex-presidente Lula, mantido preso político desde o dia 7 de abril. Até o último sábado, apoiadores do candidato de direita, Jair Bolsonaro, costumavam passar pelo acampamento para fazer xingamentos e provocações.

No sábado, um deles, saiu do carro, caminhou até o portão do Acampamento Marisa Letícia e disparou vários tiros. Um deles atingiu o pescoço de Jefferson Lima de Menezes, presidente do Sindicato dos Motoboys de Santo André, que fazia a segurança voluntária do local na hora do crime. Jefferson permanece internado.

Repercussão internacional

O site do jornal inglês The Guardian reproduziu depoimento da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que condenou o ataque. E destacou as inúmeras tentativas de visitas ao ex-presidente, como a do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, proibido de visitar Lula pela juíza Carolina Lebbos.

A reportagem diz, ainda, que Lula lidera as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República e que o país está mergulhado em crise econômica, política e de segurança, com assassinatos lideranças do campo, ambientalistas e lideranças políticas, como a vereadora Marielle Franco.

Já no francês Le Monde, a manchete foi “No Brasil, dois feridos por tiros contra apoiadores de Lula”. No momento do "ataque", destacou o jornal de centro-esquerda, o homem gritou “Bolsonaro”.
No conservador Le Figaro, com despacho da agência France Presse, o titulo foi “Apoiadores de Lula feridos”.

O inglês The Guardian lembrou tiros anteriores contra a caravana de Lula pelo sul do País e o assassinato da vereadora Marielle Franco, do Psol, no centro do Rio de Janeiro. A correspondente Sam Cowie disse que “conforme o país mergulhou na crise, houve um salto no número de assassinatos de ativistas e líderes políticos, rurais e ambientalistas”.

Na revista alemã Focus, “Vítimas feridas entre os apoiadores do ex-presidente Lula”. Nos sites do país, ecoou um despacho da agência alemã DPA que abria dizendo que “a prisão do popular ex-líder têm agitado os brasileiros há semanas. Agora, aconteceu um incidente armado”.

Nos EUA, os veículos se basearam na agência Associated Press, sob o enunciado “Atirador fere dois apoiadores de ex-presidente do Brasil”.