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Ativistas marcham contra o genocídio do povo negro

As vítimas comuns da violência no Brasil são, na maioria, jovens, pobres e negros

Publicado: 27 Agosto, 2015 - 11h40 | Última modificação: 27 Agosto, 2015 - 17h01

Escrito por: Walber Pinto com informações do G1

Fafá Araújo
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Militantes do movimento negro de Salvador realizaram na tarde desta quarta-feira (26) a “Marcha Internacional Contra o Genocídio do Povo Negro”. A manifestação começou no Largo do Aflitos, em frente ao quartel da Polícia Militar,  e foi organizada pelo “Movimento Reaja ou Será Morto”.

Logo em seguida, o ato percorreu pelas ruas da capital baiana e os ativistas vestindo roupa preta e com faixas que tinham frases como: “Reaja! Nós jamais nos calaremos”, além de cartazes que estavam escritos nomes de pessoas negras que foram assassinadas.

As vítimas comuns da violência no Brasil são, na maioria, jovens, pobres, negros, moradores da periferia e sempre sujeitos pela polícia de acordo com o levantamento do Mapa da Violência.  Em Salvador, sede da marcha contra o genocídio do povo negro, os casos recentes da chacina de 12 jovens negros no bairro do Cabula e ações que aumentam a violência no subúrbio de Valéria são também algumas das marcas do movimento. Em decisão judicial os nove policiais envolvidos no caso do Cabula foram absolvidos.

O Mapa divulgado recentemente aponta que das 39.686 vítimas de disparo de qualquer tipo de arma de fogo, em 2012, 28.946 eram negros e 10.632, brancos – a diferença nos números mostra que as vítimas desse tipo de morte foram 2,5 vezes mais de negros do que de brancos.  

Segundo informações de Hamilton Borges, líder do Movimento Reaja ou Será Morto, que organizou a instalação do memorial, mães das vítimas e representantes de outros estados como São Paulo (SP), Ceará (CE),  Rio de Janeiro (RJ) e outras nacionalidades estiveram  no ato.