Escrito por: CUT-PR

Ato na prefeitura do PR denuncia corte salarial

Prefeitura comprometeu-se a avaliar o caso e denúncias feitas pelo Sindiurbano

CU-PR

Um ato na manhã desta quarta-feira (28) denunciou práticas antissindicais da Prefeitura de Curitiba. A URBS, empresa responsável pelo transporte público da cidade, suspendeu o salário do presidente do Sindiurbano, Valdir Maestrini, após uma série de denúncias de eventuais irregularidades na administração do órgão.

“(Esta ação é) por ter ousado desafiar e não concordar com o prefeito e ter feito críticas duras, verdadeiras, quanto a administração municipal. A direção da URBS e o prefeito, numa ação arbitrária, estão pedindo a Justiça do Trabalho a minha demissão por justa causa. Todos os atos alegados são atos feitos enquanto presidente do sindicato. Não há nenhuma ação pessoal do Valdir, mas sim, enquanto presidente da entidade”, afirmou o presidente do Sindiurbano, Valdir Maestrini.

Entre as denúncias citadas por ele está a contratação de um advogado por R$ 82 mil com dispensa de licitação. “Ele representou a empresa (URBS) em uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho por assédio moral e sexual. O escritório contratado, por acaso, funciona no mesmo endereço onde está o escritório do diretor de trânsito da URBS, que é advogado licenciado da OAB. Este valor foi pago para ele chegar na audiência e aceitar todas as condições propostas pelo MPT”, exemplificou Maestrini.

Em virtude deste fato, sindicatos, federações e diversas centrais assinaram um manifesto de apoio ao dirigente. Ao todo, 45 instituições subscrevem o documento. “Trata-se de um caso arbitrário e que fere, inclusive, o direito constitucional. Não se pode demitir um dirigente sindical, ainda mais, quando está fazendo o seu papel institucional de apontar equívocos da gestão que têm reflexos não apenas na categoria, mas em toda a população usuária do transporte coletivo de Curitiba”, afirmou a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.

Reunião – Durante o ato, representantes da administração municipal solicitaram que uma comissão fosse formada pelos manifestantes para serem recebidos pelo secretário de Governo, Ricardo Mac Donald.

Durante o encontro ele garantiu reestabelecer o pagamento dos vencimentos do dirigente, que estavam suspenso, bem como formar uma comissão para debater o caso. O secretário também disse que posteriormente encaminhará a abertura de um processo administrativo para investigar os casos de assédio moral e sexual denunciados pela sindicato.