Ato nacional em defesa da educação exige revogação do Novo Ensino Médio
Professores também reivindicam a valorização da categoria e de maior investimento no setor, a promoção da educação inclusiva e a desmilitarização das escolas.
Publicado: 10 Agosto, 2023 - 10h28 | Última modificação: 10 Agosto, 2023 - 10h38
Escrito por: CPERS Sindicato | Editado por: CUT-RS
Na tarde da última segunda-feira (7), oito ônibus do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS) saíram do Rio Grande do Sul em direção à capital federal, levando professores, professoras e trabalhadores e trabalhadoras de escolas da ativa e aposentados e aposentadas.
Grande abraço de pressão no MEC
A programação do evento foi marcada por dois emocionantes momentos, o “Grande Abraço de Pressão no MEC” , na Esplanada dos Ministérios, e a “Mobilização dos Trabalhadores em Educação”.
Pela manhã foi feita a entrega de um ofício pedindo a revogação do Novo Ensino Médio, além de outras pautas como a aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional para Profissionais do Magistério Público e valorização da carreira para os funcionários e professores, além de melhores condições para a formação dos trabalhadores.
Durante a tarde, o ato continuou no Anexo II da Câmara dos Deputados. Por lá, os manifestantes foram recebidos por deputados(as) e simpatizantes, que discursaram em prol da revogação do NEM e das melhorias para a classe dos educadores do Brasil.
Uniram-se aos manifestantes os deputados federais Elvino Bohn Gas (PT), Reginaldo Veras (PV), Pedro Uczai (PT), Glauber Braga (Psol), Zeca Dirceu (PT), Fernando Mineiro (PT) e as deputadas Erika Kokay (PT), Maria do Rosário (PT), Alice Portugal (PCdoB), Carol Dartora (PT) e Sâmia Bomfim (Psol).
"Queremos as políticas que nós elegemos ao votarmos no Lula"
De acordo com a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, um avanço nas demandas educacionais tem sido observado, mas é preciso reafirmar a posição do Sindicato frente ao Governo Federal.
“Esse abraço é para dizer que nós queremos as políticas que nós elegemos ao votarmos no Lula para a Presidência do Brasil. Estamos juntos pela nossa pauta e queremos que o governo venha junto”, disse Helenir.
A mobilização, capitaneada por esses movimentos, representa também a urgência de dar corpo a uma série de políticas que foram desmembradas nos últimos sete anos.
“Queremos o Piso e a Carreira para o conjunto da nossa categoria, queremos mudança no Ensino Médio, queremos a valorização profissional com a nossa formação, tudo que foi tirado durante o golpe e o negacionismo de Bolsonaro”, declarou o presidente do CNTE, Heleno Araújo.
União em defesa da educação pública
Após o encerramento das discussões, os representantes do CPERS retornam para seus municípios, dando seguimento às pautas em âmbito regional. Segundo o 1º vice-presidente do Sindicato, Alex Saratt, a atividade foi alegre, mas sobretudo responsável, pois os desafios a serem superados são muitos.
“É preciso muita mobilização, luta, consciência e capacidade de proposição para que vençamos as batalhas sempre que elas se apresentem e façamos da educação um instrumento para um novo projeto nacional de desenvolvimento”, completou Alex
O 2º vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, destacou a importância da união na defesa da educação pública.
“Este ato foi extremamente simbólico, pois conseguimos reunir aqui representações de todo o país, com professores, funcionários de escola e também os estudantes, que nesta sexta celebrarão o seu dia. Todos reunidos com um único objetivo, a defesa intransigente da educação pública. Foi um momento de muita potência e clamor social pela revogação do Novo Ensino Médio. Saímos com a energia renovada para dar continuidade à luta contra todos os retrocessos dos últimos governos à educação e aos educadores”.
Também participaram do ato representando o Sindicato a secretária-geral, Suzana Lauermann, a tesoureira, Rosane Zan, e os diretores Leonardo Pretto Echeverria e Juçara Borges. Ao lado deles, outras entidades que compõem o Fórum Nacional Popular de Educação também estiveram presentes.
*Fotos: CPERS Sindicato e Renato Braga