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Ato no TRF-4 defende direitos políticos de Lula e anulação das condenações no STF

STF julga nesta quarta liminar de Fachin que anulou todas as condenações impostas a Lula pela 13ª Vara Federal de Curitiba

Publicado: 14 Abril, 2021 - 09h08 | Última modificação: 14 Abril, 2021 - 09h35

Escrito por: CUT-RS

Carolina Lima/CUT-RS
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O ato simbólico promovido pelo Coletivo Anula STF, com o apoio da CUT-RS, defendeu os direitos políticos do ex-presidente Lula, a anulação das condenações sem provas e sem crime e a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no Supremo Tribunal Federal (STF).

A manifestação aconteceu ao meio-dia desta terça-feira (13), em frente ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, e durou cerca de 50 minutos e respeitou os protocolos de segurança sanitária, com o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento entre os participantes.

Nesta quarta-feira (14) ocorrerá o julgamento no plenário do STF sobre a decisão do ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato, que anulou todas as condenações impostas a Lula pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Também estará em pauta a decisão da 2ª Turma do STF, que julgou parcial o ex-juiz Sérgio Moro no processo sobre o triplex do Guarujá.

“O que fizeram com o julgamento do Lula foi um golpe por interesses internacionais, onde o juiz Sérgio Moro prestou serviço ao império americano para quebrar empresas, desempregar a população brasileira, perseguir a esquerda e entregar bilhões de reais ao mercado internacional”, denunciou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Lula inocente

“O STF já disse que Moro mentiu, então o TRF-4 mentiu junto. Fizeram um conluio contra o povo brasileiro. Hoje vemos o desmonte do nosso país, a destruição de todo avanço que o Brasil teve com os ex-presidentes Lula e Dilma”, enfatizou o presidente da Federação Democrática dos Sapateiros RS, João Batista Xavier.

A Lava Jato contribuiu também para a retirada dos direitos dos trabalhadores, através das reformas trabalhista e da Previdência. O golpe contra Dilma, junto às manobras jurídicas, causou ainda a retomada da política de privatizações no Brasil. “O cenário que estamos vivendo hoje é resultado da perseguição ao ex-presidente Lula e, por isso, esses desembargadores têm culpa política e jurídica”, disse Amarildo.

O vazamento das conversas entre os procuradores da Lava Jato escancarou ainda mais essa narrativa. E até a imprensa internacional já reconheceu que houve manipulação jurídica para as condenações de Lula.

“Tiraram o povo do poder e hoje vemos aumentar significativamente o preço dos alimentos. Nesse momento, quantas pessoas não tem um prato de comida? A culpa também é deles, dos togados que enganaram a nação com a Lava Jato, onde diziam que era para combater a corrupção e hoje temos um presidente da República, que tem todos os filhos acusados de corrupção”, afirmou o vereador Jonas Reis (PT), vice-líder da bancada de oposição na Câmara de Porto Alegre.

Desde a tramitação dos processos contra Lula em Porto Alegre, vários protestos já foram realizados diante do TRF-4 contra a perseguição judicial ao ex-presidente e em defesa do Estado Democrático de Direito e da democracia.

Além do ato, também ocorreram ações visuais na capital. Na passarela da Estação Rodoviária de Porto Alegre foram estendidas faixas, pedindo a anulação das condenações no STF. Outra faixa foi estendida na passarela em frente à Arena do Grêmio. Na Restinga, manifestantes realizaram um grafite numa parede do bairro.

Assista aqui à fala do presidente da CUT-RS