Atos contra rede Globo e por #LulaLivre ocorrem em diversas capitais nesta terça
Movimentos populares ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam um dia nacional de luta contra a manipulação midiática da rede Globo e pela liberdade imediata de Lula, um preso político
Publicado: 17 Abril, 2018 - 12h23 | Última modificação: 18 Abril, 2018 - 16h00
Escrito por: Tatiana Melim
Nesta terça-feira (17), dia que marca dois anos do golpe midiático-parlamentar-jurídico que destituiu Dilma Rousseff, uma presidenta legitimamente eleita por 54 milhões de votos, movimentos populares ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúne entidades como CUT, CTB, MST e MTST, realizam um dia nacional de luta, com protestos espalhados pelo Brasil contra a Rede Globo e em defesa de Lula livre.
Os manifestantes denunciam a participação da emissora no golpe de 2016 e no esforço para tentar criminalizar o ex-presidente Lula, condenado num processo viciado, cuja manipulação midiática dos veículos de comunicação dialogava diretamente com as estratégias jurídicas de juízes de primeira e segunda instâncias de Curitiba, no Paraná, convictos de que Lula era culpado mesmo sem conseguirem provar.
“A Rede Globo teve papel importante na articulação desse golpe, na manipulação da informação, e estamos nas ruas para denunciar que a Globo é golpista e não representa o povo brasileiro”, disseram os manifestantes em frente à sede da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, em Salvador.
A militância chegou ainda na madrugada na sede da emissora e nas primeiras horas da manhã já ocupavam a entrada para exigir o “fim da manipulação e distorção das informações e pela liberdade imediata de Lula”.
Em Cuiabá, no Mato Grosso, os manifestantes acordaram cedo para seguir em caminhada até a TV Centro América, afiliada da Globo no município, para protestar contra a participação da rede de televisão no golpe 2016 e exigir #LulaLivre.
No Rio Grande do Sul, além dos protestos contra a rede Globo e a denúncia das atuais manobras da emissora para tirar o ex-presidente Lula do processo eleitoral de 2018, assim como fez em 1989, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aproveitou o dia para denunciar os 22 anos de impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 sem-terra foram assassinados no Pará, em 1996. Desde então, o dia 17 de abril se tornou um marco na luta pela Reforma Agrária.
Em Canguçu e Candiota, municípios do Rio Grande do Sul, agricultores do MST também saíram às ruas por #LulaLivre, contra a #GloboGolpista e pela luta em memória às vítimas do massacre de Carajás.
Na capital de Alagoas, em Maceió, organizações do campo e da cidade foram na porta da TV Gazeta, afiliada da rede Globo no estado, para denunciar o golpe e a prisão política de Lula, condenado sem crimes nem provas.
Trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra também ocuparam a frente do Tribunal de Justiça de Alagoas, na Praça Deodoro. Os camponeses realizaram um ato ecumênico em frente ao Tribunal em memória às vítimas de Eldorado dos Carajás e contra a seletividade da Justiça.
Em Brasília, no Acampamento Lula Livre, uma mesa de debate com a presença de João Pedro Stédile abordou os 22 anos de impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás.
No período da tarde, estão previstos ainda uma série de atos em diversas capitais do país em defesa de Lula livre e contra a manipulação midiática da rede Globo.
Em Fortaleza, o ato em defesa da democracia e contra a prisão política do ex-presidente Lula reuniu centenas de manifestantes no Acampamento Ceará #LulaLivre, no centro. O ato também lembrou dois anos de resistência ao golpe parlamentar de 2016.
Em Aracaju, o ato contra o golpe de 2016 e pela liberdade de Lula começou às 16h, na Pça General Valadão, e segue neste momento até TV Sergipe, filiada à Rede Globo.
Os dois anos da abertura do processo de impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados motivaram um ato de protesto no início da noite desta terça-feira (17), na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. A manifestação, ocorrida em várias cidades do país, foi promovida pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, integradas pela CUT, e defendeu a democracia e a liberdade para o ex-presidente Lula.