Atos defendem democracia e mais amor e menos ódio
Em Belém, prestes a completar 400 anos, manifestantes cobram mais carinho com a cidade. Maior parte dos atos acontece agora à tarde
Publicado: 20 Agosto, 2015 - 16h07 | Última modificação: 20 Agosto, 2015 - 18h06
Escrito por: CUT Nacional
A cidade de Belém, capital do Pará, abriu as manifestações deste 20 de agosto, Dia Nacional de Luta. Logo às nove da manhã começava a concentração diante do pronto socorro municipal, para um ato que terminaria às 13h e reuniu mais de 2 mil pessoas.
Além do claro recado contra o golpismo que tenta desprezar a democracia, os belenenses deram forte cor local à manifestação. Exigiram a imediata reforma do pronto socorro, que atende pessoas vindas de várias partes do estado, mas está em mau estado e desprovido de equipamentos e remédios. Como, de resto, toda a rede municipal. Portanto, a defesa de uma saúde pública de qualidade foi bandeira central do dia.
Ato em Belém. Foto: CUT-PABelém completa 400 anos em 2016, e por isso a militância criou um movimento chamado “Outra Cidade é Possível”. Segundo a CUT-PA, foi uma declaração de amor à cidade, em contraste com a intolerância e o ódio de quem foi às ruas no último domingo.
Em Curitiba, cinco mil integrantes de movimentos sociais e de sindicatos ocuparam a praça Santos Andrade, diante da sede da Universidade Federal do Paraná, para entoar a defesa da democracia e destacar a urgente necessidade de conter a agenda conservadora, também instalada no seio do governo Dilma, e protestar contra os ajustes fiscais em todos os níveis.
No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) tem freado os investimentos públicos e implementado mudanças que retiram direitos dos trabalhadores, a exemplo da reforma da previdência estadual que motivou protestos do funcionalismo em abril – reprimidos com bombas e cassetetes, em verdadeiro massacre que espantou o Brasil no dia 29 de abril. O ato de hoje começou por volta das 11h.
Em Salvador, a festa da democracia. Foto de Alfredo Santos Jr.Nos próximos dias 28 e 29, os professores da rede estadual paranaense realizam sua Jornada de Lutas. Muitos não puderam comparecer ao ato desta manhã por estarem em aula. O horário escolhido para o ato foi em atenção às caravanas que vieram do interior do estado, para facilitar o retorno. “O ato de hoje mostra que os paranaenses permanecem em mobilização, a despeito de toda a repressão e da pressão da mídia”, comenta o secretário-geral da CUT-PR, Márcio Kieller.
Na Paraíba, milhares saíram de João Pessoa rumo à Campina Grande, em marcha, para realizar o ato. Na capital baiana, o ato toma as ruas da cidade neste momento.
Agora à tarde estão ocorrendo atos por todo o Brasil. Publicaremos as informações à medida que nossas entidades as enviarem.
Em São Paulo, a militância começa a chegar ao Largo da Batata, em Pinheiros, onde a partir das 17h começa a concentração para a marcha que chegará até a avenida Paulista.