Atos #ForaBolsonaro serão reforçados por partidos políticos e movimentos populares
Protestos no dia 2 de outubro serão amplos e terão adesão de vários setores da sociedade que entendem que a situação do país, com Bolsonaro, se tornou insustentável, diz diretor da CUT
Publicado: 24 Setembro, 2021 - 14h49 | Última modificação: 24 Setembro, 2021 - 15h03
Escrito por: Andre Accarini
A mobilização do dia 2 de outubro contra o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que já tem protestos confirmados em várias cidades do país, vem sendo ampliada com a adesão de diversos partido políticos e entidades de movimentos populares e da sociedade civil que entendem que a situação do país se tornou insustentável por culpa da má-gestão do governo federal.
A afirmação é do diretor executivo da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho, que explica: “Conseguimos construir para o 2 de outubro um movimento muito mais amplo do que vínhamos trabalhando na Campanha Fora Bolsonaro, que já realizou outros grandes atos este ano”.
O desgaste do governo, as políticas negativas, o aumento da fome, do desemprego, da miséria, da carestia, tudo isso vai colocar nas ruas milhares de pessoas exigindo Fora, Bolsonaro
Além lideranças sindicais, políticas e de movimentos populares, a mobilização deverá ter também a adesão de personalidades do meio artístico e acadêmico. Antes, no dia 29 haverá um 'dia de agitação’ com distribuição de panfletos e cartazes serão afixados em locais públicos conclamando a população à ir às ruas no dia 2 de outubro.
Entre os partidos que já confirmaram adesão estão o PT, PCdoB, PSB, Solidariedade, Psol, PSTU, Partido Verde, Rede, PRC e PCB.
Atos
Organizados pela CUT, demais centrais sindicais, frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, além de dezenas de entidades que integram a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, os atos denunciarão a tragédia social e econômica provocada pelo governo e exigirão o impeachment do presidente.
Atos já estão marcados em Brasília, Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), São Paulo e em cidades do exterior como Berlin, na Alemanha.
“É fundamental ocupar as ruas de todo o país pelo #ForaBolsonaro, por emprego decente, em favor da vida, da renda, contra a fome, a carestia e a reforma Administrativa (PEC 32). É um ato pelo Brasil e pelos brasileiros e brasileiras”, afirma comunicado da Direção Executiva Nacional da CUT para as entidades filiadas.
A CUT e as entidades reforçam que é preciso organizar, mobilizar e fazer um grande ato para derrotar o governo Bolsonaro e sua política de destruição dos direitos sociais e trabalhistas, e de ameaça à democracia.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforça a convocação. “Temos de ocupar as ruas no dia 2, mostrar a organização da classe trabalhadora e de todo o campo progressista democrático. A CUT convoca todos os seus entes, todos os sindicatos a mobilizar as suas bases”, diz o dirigente.
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Em defesa da democracia, da vida, do emprego e por comida no prato
A Campanha Nacional Fora Bolsonaro produziu novos materiais informativos que trazem a dimensão exata da situação do Brasil com o governo Bolsonaro, enumerando 10 dos muitos motivos que tornam urgente o impeachment.
Intitulado “A Culpa é de Bolsonaro”, o panfleto alerta sobre a volta da fome no Brasil, sobre os altos preços de alimentos, além de, entre outros motivos, descrever a trágica situação dos trabalhadores do país, com o aumento do desemprego, desvalorização salarial e retirada de direitos.
Veja:
- A fome volta ao Brasil. São 20 milhões de pessoas em situação de fome e o número de pobres e miseráveis multiplica a cada dia.
- Desemprego cresceu. São cerca de 20 milhões de brasileiros sem empregos. Além de crescente perda de direitos trabalhistas. Os trabalhadores estão mais vulneráveis, sem os direitos sociais garantidos, desvalorização do salário mínimo e com menos tempo para suas famílias.
- Está tudo caro. Os alimentos estão caros. A conta não fecha. Em algumas cidades, o valor da cesta básica chega a se igualar ao valor do salário. O gás de cozinha e também os combustíveis atingiram preços recordes.
- Cortes frequentes nas verbas para educação, ataques às universidades públicas e a ciência brasileira.
- Venda de empresas a preço de banana. Privatizações de serviços essenciais que geram aumento na conta do povo, como os Correios e a Eletrobrás. A conta de luz já está mais cara e o País corre risco de sofrer um apagão.
- Ataque aos pequenos agricultores. Fim de programas de crédito e de aquisição de alimentos para a merenda escolar.
- O país não tem uma política de preservação ao meio ambiente. Recorde de desmatamento na Amazônia e no Pantanal, estímulo aos garimpeiros que atacam os povos indígenas.
- Povo negro sofre com o desmonte e políticas públicas de combate ao racismo, além do governo Bolsonaro estimular ataques e ódio ao povo negro.
- Ataques frequentes que tenta calar e censurar a arte e a imprensa brasileira. Bolsonaro tem no centro do governo uma indústria de desinformação.
- Em meio à pandemia, Bolsonaro corta recursos e insumos do SUS, deixando milhares de pessoas com outras doenças, como câncer, sem tratamento. Bolsonaro é o maior responsável pelas mortes de quase 600 mil brasileiros e brasileiras vítimas de Covid-19.
Edição: Marize Muniz