Aumentam casos e mortes por Covid no País; em SP, número de internações sobe 251,8%
Média móvel de mortes é de 120 e de novos casos é de 24.993 no Brasil. Em SP sobe número de pessoas internadas em leitos de enfermarias e UTIs
Publicado: 31 Maio, 2022 - 14h47 | Última modificação: 31 Maio, 2022 - 18h21
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
O Brasil registrou, nesta segunda-feira (30), 72 mortes em 24 horas em consequência de complicações causadas pela Covid-19. A média móvel de mortes foi de 120 por dia, aumento de +1% em relação a 14 dias atrás. No total, 666.568 pessoas morreram desde o início da pandemia, em 2020.
No mesmo período, o país registrou 26.496 novos diagnósticos de Covid-19, totalizando 30.974.868 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 24.993, variação de +31% em relação a duas semanas atrás. Os dados são do consórcio de imprensa.
A taxa de transmissão da Covid-19 no país está em 1,42. Isso significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 142. Conforme estimativa da plataforma Info Tracker (USP/Unesp), essa taxa deve chegar a 1,57 na próxima segunda-feira (6), o que indica que a transmissão está acelerando.
Número de casos explode em SP
Este mês, a cidade de São Paulo registrou aumento de 251,8% no total de pacientes infectados pela Covid-19 internados na rede municípal tanto em leitos de enfermaria quanto de Unidades de Terapia Intensiva ( UTIs).
Entre 30 de abril e esta segunda-feira (30), o total de internações foi de 56 para 197.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os dados indicam “uma tendência leve de aumento nos casos de Covid-19 entre a população geral".
O aumento de internações na capital coindice com a decisão da Prefeitura de flexibilizar as medidas para conter a disseminação da doença, como o uso de máscara em táxi e carros por aplicativo.
Além disso, especialistas apontam como causa do aumento as baixas temperaturas, quando as pessoas tendem a reduzir a circulação de ar nos ambientes, segundo reportagem da RBA.
Outro fator é a estagnação da cobertura vacinal no Brasil. Recentemente, o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou que, desde o final de fevereiro, o avanço da vacinação passa pelo seu “pior desempenho”. O principal desafio atualmente é ampliar a imunização das crianças de 5 a 11 anos.
A curva de cobertura da terceira dose também vem desacelerando. Até o momento, pouco mais da metade da população (56,39%) com 18 ou mais tomou a dose de reforço. O que significa que a outra metade está especialmente vulnerável ao contágio pela variante ômicron, capaz de escapar da proteção conferida por apenas duas doses dos imunizantes. Sem contar o fato de que as vacinas perdem eficácia ao longo do tempo.