Escrito por: Redação CUT
Cinco dias após o acidente com uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), as equipes de resgate não acharam nenhum sobrevivente e o número de mortos subiu para 84
Subiu para 84 o número de vítimas da tragédia criminosa da Vale, em Brudaminho (MG). De acordo com balanço do Corpo de Bombeiros, divulgado nesta terça-feira (29), apenas 42 corpos foram identificados, tem 276 pessoas desaparecidas e, até o momento, foram localizadas 391 pessoas.
Os nomes das vítimas - localizadas ou não - do rompimento da Barragem 1, da mina de ferro Córrego do Feijão, da Vale, que despejou uma avalanche de rejeitos de minério na cidade na última sexta-feira (25), estão afixados na Estação do Conhecimento da Vale, onde parentes, amigos e colegas de trabalho estão em busca de informações.
Nesta terça, as buscas por vítimas foram ampliadas para 16 pontos da área atingida em Brumadinho.
Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 120 homens estão concentrados em dois pontos com maior número de vítimas: nos destroços do refeitório da mineradora, onde 100 integrantes das equipes de busca atuam, e nas proximidades de um ônibus que estava na mina.
O tenente disse, ainda, que os equipamentos trazidos pelos israelenses, que chegaram ao Brasil no domingo, têm se mostrado úteis para as buscas. Ele fez referência em especial a sonares e a equipamentos que verificam posicionamento de celulares. "A gente consegue fazer uma espécie de mapa", disse, explicando que isso auxilia no trabalho de buscas.
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Na segunda à noite as buscas continuaram em dois pontos: um ônibus próximo da administração da Vale e uma casa perto da pousada Nova Estância, onde foram achados três corpos.
Até então, os bombeiros não haviam conseguiram encontrar o refeitório da Vale, inexplicavelmente localizado em um ponto abaixo da barragem. Segundo eles, a lama pode ter deslocado o refeitório de lugar. Ali, a profundidade da lama chega a 15 metros.
Apesar dos esforços, o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, admitiu que alguns corpos podem nunca ser encontrados.
'Considerado o tipo de tragédia e as proporções, existe sim a possibilidade de alguns corpos não serem recuperados, mas não é esse o foco dos bombeiros'."
O rompimento da barragem de Brudaminho já considerada a maior tragédia ambiental da história do País. O primeiro lugar deste ranking era a da catástrofe que aconteceu na cidade de Mariana, região central do estado, em novembro de 2015, quando 19 pessoas morreram por causa do mesmo problema da barragem de Fundão. Em ambos os casos, a rsponsabilidade é da mineradora Vale do Rio Doce.
A empresa suspendeu pagamento de dividendos e de bônus a executivos, e criou comitês para ajudar vítimas, reparar danos e descobrir responsáveis.
Já a Justiça, bloqueou R$ 11 bilhões da Vale. O dinheiro que será usado na reparação de danos causadas pela tragédia.
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