Escrito por: Redação Brasil de Fato |
Presidente foi contra o benefício no início da pandemia de covid-19 e reduziu o valor pago à população em 2021
O auxílio emergencial foi prorrogado até outubro de 2021, de acordo com anúncio feito pelo governo federal nesta segunda-feira (5). Como o benefício só iria durar até o fim deste mês, com a prorrogação, ele vai durar mais três meses. O decreto deve ser publicado na terça-feira (6).
O anúncio aconteceu em meio à maior crise do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) até o momento. No último sábado (3), ocorreu a terceira grande mobilização nacional pelo Fora Bolsonaro. Uma das bandeiras dos manifestantes é o retorno do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 enquanto durar a pandemia, assim como a garantia de vacinação para toda a população.
Além disso, o presidente segue vendo o cerco se fechar contra ele e sua família em depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Agora, Bolsonaro, que foi contra o auxílio emergencial em um primeiro momento, prorroga o benefício por mais um tempo, coincidentemente neste momento em que se vê enfraquecido politicamente.
Auxílio de R$ 600, luta da CUT
Logo no começo da pandemia, oposição ao governo propôs o auxílio de R$ 600, mas Bolsonaro queria pagar apenas R$ 200 e por só três meses. Após muita pressão da CUT e demais centrais, o valor proposto pela oposição foi aprovado. No entanto, no início de 2021, o presidente conseguiu reduzir o valor pago à população, apesar do aumento da fome, do desemprego e da miséria no país.
Após o anúncio desta segunda, serão mantidos os valores que são pagos hoje em dia. As pessoas que moram sozinhas vão ganhar R$ 150 por mês, as mulheres chefes de família vão receber R$ 375 por mês e os demais beneficiários vão receber R$ 250 a cada mês.
A responsável por fazer os pagamentos é a Caixa Econômica Federal e eles só são feitos por meio de uma conta poupança digital no banco. O calendário completo ainda não foi divulgado.
Edição: Leandro Melito