Escrito por: Redação CUT
Na volta do recesso, em agosto, o Tribunal Superior Eleitoral analisará as provas compartilhadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) oriundas do inquérito das fake news
Novos elementos sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) em uma rede de disparo em massa de notícias fraudulentas durante as eleições de 2018 devem fortalecer os processos contra ele em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde avançam as ações envolvendo a chapa Bolsoanro/Mourão.
Na volta do recesso, em agosto, os ministros do TSE analisarão as provas do inquérito das fake news compartilhadas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Corte eleitoral. Há indícios de que o material possa ter relação com as eleições passadas, diz reportagem do jornal O Globo.
O objetivo da corte eleitoral é cruzar as informações com as apurações do uso indevido de meios de comunicação e do abuso de poder econômico em razão de disparos de mensagem em massa.
De acordo com os documentos encaminhados ao TSE, o esquema operado na eleição presidencial de 2018 teria sido ilegalmente financiado por empresários, por meio de recursos não declarados. Além de captar dinheiro de empresas para campanha eleitoral, o que é proibido por lei, o esquema envolveu a formação de caixa dois para disseminação de informações falsas em favor de Bolsonaro e contra seus adversários.
O compartilhamento de provas coloca a Polícia Federal no encalço da família de Bolsonaro e de seus apoiadores em duas frentes, que devem avançar em 2022, ano eleitoral.
Atualmente, tramitam no TSE quatro Ações de Investigação Judicial Eleitoral, envolvendo a chapa Bolsonaro-Mourão, que apuram desde o suposto uso fraudulento de nomes e CPFs de idosos para registrar chips de celular e garantir disparos em massa aos eleitores à suposta existência de uma “estrutura piramidal de comunicação” para disseminar desinformação.
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