Escrito por: Redação CUT
Geane Brito foi morta após adolescente invadir escola, armado com faca e revolver, e desferir tiros contra ela e contra os demais alunos. Criminoso também foi baleado
Em Barreiras, no interior da Bahia, um adolescente de 14 anos invadiu uma escola e assassinou uma aluna cadeirante, a jovem Geane da Silva Brito, de 19 anos, após atacá-la, primeiro com uma arma de fogo, atirando várias vezes contra ela e contra os demais alunos, depois, sem munição na arma, com golpes de faca na vítima. O jovem havia pulado o muro do colégio municipal e, após o crime, tentou fugir, mas foi baleado por uma outra pessoa, ainda não identificada pela Polícia. Geane morreu no local.
Apesar de não haver ainda informações sobre o real motivo do crime, a Polícia Civil está investigando postagens do aluno com conteúdo considerado ‘discurso de ódio’ para apurar o que teria levado o adolescente a atacar a escola.
De acordo com informações da imprensa local – TV Oeste, filiada à TV Bahia -, o atirador estudava na escola, mas não frequentava as aulas. Com o criminoso foram apreendidas uma arma calibre 38, duas armas brancas (uma faca e um estilete) e uma artefato semelhante a uma bomba caseira.
Tentativa de fuga
Os alunos que aguardavam o início das aulas entraram em pânico e correrem para a quadra da escola. Um funcionário tirou todos do local.
O jovem tentou fugir, mas a Polícia Militar já havia sido acionada e quando chegou ao colégio, ele reagiu, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Geral do Oeste, que ainda não informou sobre o estado de saúde do criminoso.
A prefeitura de Barreiras se pronunciou por meio de nota, lamentando o caso, informando que tanto a Secretaria de Educação quanto a Polícia estão apurando os fatos e se solidarizando com a família da vítima.
“Solidarizam-se com a família da aluna vitimada, expressando os mais profundos sentimentos neste momento de profunda dor e consternação”, diz trecho da nota.
Geane, aluno do 9° ano do Ensino Fundamental, morava em um assentamento próximo à cidade e foi descrita pelo presidente da Câmara Municipal de Barreiras como uma pessoa que “tinha uma trajetória marcante, junto com sua família, em favor da inclusão, acessibilidade e atendimento educacional especializado”.
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia se manifestou informando que colocou à disposição tanto da família de Geane como dos demais alunos uma equipe que inclui psicólogos para prestar atendimento e apoio socioemocional.