MENU

Baiana pede indenização de R$ 571 mil a Bolsonaro por divulgação do "kit covid"

Ela teve Covid-19 duas vezes e médico receitou azitromicina e ivermectina. Agora, luta contra sequelas e culpa Bolsonaro, citado por médico na hora da consulta  

Publicado: 25 Outubro, 2021 - 10h27 | Última modificação: 25 Outubro, 2021 - 10h57

Escrito por: Redação CUT

Agência PT
notice
Até para as emas do Palácio do Alvorada Bolsonaro fez propaganda de remédio do kit covid

Manuela Menezes, uma advogada de 34 anos, moradora de Feira de Santana, entrou com uma ação na 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia (SJBA) exigindo indenização de R$ 571 mil do presidente da República, Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Para a advogada, o presidente é responsável pelos problemas que ela tem atualmente por ter divulgado o tal “tratamento precoce”, ou kit covid, contra o novo coronavírus, mesmo sem haver eficácia comprovada no início da pandemia; e, mesmo depois dos medicamentos terem sido considerados comprovadamente ineficazes, segundo os cientistas.

A baiana foi diagnosticada com a Covid-19 duas vezes neste ano. Ela chegou a ficar internada devido à doença e foi tratada com azitromicina e ivermectina, que compõem o kit Covid, revela reportagem de Tácio Lorran, do Metrópoles.

A azitromicina é indicana para infecções como sinusite, faringite ou amigdalite, entre outras infecções do trato respiratório.

A Ivermectina é antiparasitário indicado principalmente para o tratamento de piolhos, lombriga e escabiose.

De acordo com a reportagem, o médico que a atendeu teria, inclusive, citado o presidente da República para convencê-la a usar os remédios. Hoje, a advogada tem sequelas devido à enfermidade, como queda de cabelo e perda de memória.

“Tenho problemas psicológicos e físicos. Estou tomando medicamentos devido às sequelas que tive da Covid e um dos efeitos colaterais é estar proibida de dirigir. São remédios para pessoas que têm acima de 70 anos, para memória”, contou a advogada, em conversa com o Metrópoles, por telefone.