Escrito por: Redação CUT

Baianos cancelam Gusttavo Lima e sertanejo desiste de botar o bloco na rua este ano

O cantor bolsonarista não conseguiu vender o suficiente para colocar o bloco na rua na segunda-feira de Carnaval, no dia 20 de fevereiro, mesmo tendo baixado o preço dos abadás de R$ 2.000 para R$ 800

Reprodução/Instagram

O cantor Gusttavo Lima, um dos sertanejos bolsonaristas investigados por cachês superfaturados e sem licitação realizadas por prefeituras brasileiras, foi cancelado pelos baianos e desistiu de desfilar com seu Bloco do Embaixador, que circularia no circuito Barra/Ondina, em Salvador, no Carnaval deste ano.

O desfile do bloco, que tentou cobrar R$ 2 mil por abadá, foi adiado para 2024, disse a assessoria do cantor ao colunista de Splash Lucas Passin.

O cantor não conseguiu vender o suficiente para colocar o bloco na rua na segunda-feira de Carnaval, no dia 20 de fevereiro, mesmo tendo baixado o preço dos abadás para R$ 800. 

Gusttavo Lima tentou ocupar um espaço já bastante consagrado pelos cantores baianos como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Bell Marques e Durval Lelys também são atrações do circuito Barra Ondina, lembra o colunista.

Bolsonaro protege aliado com sigilo de 100 anos

Gusttavo Lima, um dos melhores amigos de Renan Bolsonaro, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve um ano atribulado, em 2022, não nas páginas de espetáculos e, sim, nas policiais. E seu nome ainda incluído na lista dos que têm histórias secretas que precisam ser protegidas pelo ex-mandatário.

O sigilo de 100 anos, que o presidente Lula deve derrubar, foi imposto para proteger o cachê que o sertanejo recebeu para ser o garoto propaganda da Mega da Virada de 2021, que pagou um prêmio de R$ 300 milhões a dois ganhadores.

Sobre os cachês superfaturados

Mas a justiça está de olho no cantor por outras histórias. Em Minas Gerais, o Ministério Público (MP) instaurou um procedimento para apurar os cachês de R$ 2,34 milhões que a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas, pagou a cantores sertanejos, todos bolsonaristas, em junho. Para pagar os cachês, a prefeitura ia tirar dinheiro da saúde, educação e infraestrutura.

Só Gusttavo Lima faturou R$ 1,2 milhão. No segundo lugar da folha de pagamento está Bruno e Marrone (R$ 520 mil), em terceiro, Israel e Rodolffo (R$ 310 mil), depois Di Paullo e Paulino (R$ 120 mil), João Carreiro (R$ 100 mil) e Thiago Jhonathan (R$ 90 mil).

Gusttavo Lima também entrou na mira do MP de São Luiz por receber R$ 800 mil referentes a um show na capital do Maranhão.

O One7, fundo de investimentos que administra a carreira do amigo do filho do ex-presidente venceu uma concorrência para receber a bagatela de R$ 320 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O fundo que emprestou o dinheiro ao sertanejo, em tese, empresta dinheiro para pequenos e médios empreendedores do Brasil.


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