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Balanço sindical: protestos contra o golpe paralisam SP

Mais de 20 cidades participaram das atividades por todo Estado paulista

Publicado: 10 Maio, 2016 - 14h01 | Última modificação: 11 Maio, 2016 - 20h02

Escrito por: Vanessa Ramos, CUT-SP

Foto: Roberto Parizotti
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O Estado de São Paulo amanheceu nesta terça-feira (10) tomado por bandeiras e faixas contra o golpe à democracia neste Dia Nacional de Paralisação e Mobilização. Os movimentos sindical e social organizam, via Frente Brasil Popular, atividades nas ruas e nos locais de trabalho.

Enquanto os movimentos dos sem-teto, dos atingidos por barragens, da juventude, dos estudantes e dos sem-terra paralisam regiões da capital, estradas, marginais e rodovias, a CUT São Paulo e seus sindicatos, ao lado de outras centrais, atuam nas bases, com atos que dialogam com a população e com cada categoria de trabalhadores.

A atuação nas bases, segundo o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, é para debater sobre os riscos à população caso o golpista Michel Temer (PMDB) assuma o poder. “As propostas apresentadas por ele (Temer) no programa “Ponte para o Futuro” são um claro golpe no direito dos trabalhadores e um retrocesso na política social construída ao longo dos últimos anos no País. Por isso, as ações de hoje se concentram em dizer: o golpe é contra você, trabalhador”, afirma.

Os petroleiros e os trabalhadores da construção civil pararam a Replan, refinaria da Petrobras em Paulínia (SP), das 6h às 9h40. Os trabalhadores diretos fizeram uma caminhada de 1Km da portaria Sul, por onde entram, até a portaria Norte, entrada somente dos terceirizados. Ali promoveram um ato unificado em defesa da manutenção dos direitos, do pré-sal e contra a terceirização e o golpe em curso no Brasil. Também houve paralisação da Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá, na Grande São Paulo.

Os trabalhadores de Furnas, ligados à base do Sinergia-CUT, em Campinas, paralisaram as atividades das 7h30 às 9h30. Houve também assembleia de outras categorias. Os trabalhadores dos transportes cruzaram os braços por mais de duas horas na parte da manhã.

Em Campinas, às 16h, houve atividade com movimentos culturais, sindical e de mulheres, com concentração no Teatro de Arena e no Terminal Central de ônibus. De lá caminharam até o Largo do Rosário onde ocorreu um ato contra o golpe. As entidades programam, ainda, passeata pela Avenida Francisco Glicério.

Em Sorocaba, os trabalhadores em transportes dos setores urbano e intermunicipal de Sorocaba e de Votorantim, em campanha salarial, protestaram das 6h às 11h da manhã. Entre as pautas, eles defendem a democracia e repudiam a terceirização e a retirada de direitos trabalhistas pelo Congresso Nacional.

Também participaram das atividades em Sorocaba estudantes, metalúrgicos, químicos, têxteis, papel e papelão, vestuário e os trabalhadores em transportes urbano e intermunicipal dos municípios de Alumínio, Araçoiaba da Serra, Itapeva, Itapetininga, Mairinque, Salto de Pirapora, São Roque, São Miguel Arcanjo e Tatuí

Na capital paulista, os bancários realizaram pela manhã ato em frente ao Banco do Brasil e paralisaram o Centro Administrativo do Bradesco e três centros administrativos do Banco do Brasil. Ocorreram reuniões em 70   agências bancárias e departamentos envolvendo cerca de 1.000 bancários.

Também fizeram panfletagens das 6h30 às 8h30 nas estações São Bento, Anhangabaú, Sé e Liberdade do Metrô. A partir das 12h, a categoria, ao lado de outros movimentos, fez caminhada da Praça da Sé até o acampamento na Praça da República. Na parte da noite, a Faculdade de Saúde Pública da USP foi palco para estudantes, funcionários e médicos protestarem contra o golpe e a privatização do SUS.

Professores e movimentos sociais que compõem a Frente Brasil Popular de Itaquaquecetuba também foram às ruas, na região no Alto Tietê, contra o golpe e reivindicando a revogação do aumento da passagem e passe livre estudantil. 

Entre 6h e 7h30, os municipais de São Paulo atrasaram a entrada dos trabalhadores do serviço funerário da capital paulista, na zona norte de São Paulo. Também houve assembleia e diálogo com a categoria sobre a campanha salarial e o momento que passa o País.

Em Santo André, professores, bancários, municipais e químicos fizeram panfletagem na estação de trem de Santo André, das 5h às 7h, dialogando com a população a caminho do trabalho.

Os trabalhadores da construção civil paralisaram as atividades em duas obras em São Bernardo do Campo, das 6h30 às 8h. Em assembleia com os trabalhadores, os dirigentes sindicais explicaram a campanha salarial estadual e o golpe contra a presidenta da República, Dilma Rousseff.  

Em São Carlos, os metalúrgicos paralisaram as atividades das 4h30 às 5h, com assembleia dos trabalhadores da empresa Tecumseh. Das 5h30 às 6h, houve também assembleia na Volkswagen. Novas assembleias estão previstas na parte da tarde e da noite, nas mesmas empresas e na Electrolux.

A partir das 10h, os movimentos organizam panfletagem do Comitê na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em defesa da democracia. E das 15h30 às 17h, a juventude e o movimento sindical fez um ato em frente à Câmara Municipal de São Carlos. Já em Ribeirão Preto, houve uma marcha até a Câmara Municipal

Na cidade de Santos, no litoral paulista, os trabalhadores fizeram panfletagem contra o golpe durante a manhã e, das 18h às 22h, haverá Vigília Cultural pela Democracia, na Praça da Independência.

Panfletagens também foram feitas pelos sindicatos cutistas em Jundiaí e em Guarulhos, para dialogar com bancários, condutores, trabalhadores da saúde e da construção civil e aeroviários. Em Ourinhos, os sindicatos promoveram ato contra o golpe, na Praça Central da cidade, na sede da sucursal da Rede Globo no município.

Em Ribeirão Preto, às 6h, diversos movimentos e sindicatos fizeram panfletagem no Hospital das Clínicas e no Terminal Rodoviário. Às 16h, iniciou-se a passeata que percorreu todo o centro do município denunciando o golpe, numa marcha de 5 km até a Câmara Municipal, onde foi feita vigília durante toda a noite.  

Confira as cidades no Estado de São Paulo envolvidas nas mobilizações até o momento:

Alumínio
Araçoiaba da Serra
Campinas
Guarulhos
Jundiaí
Itapeva
Itapetininga
Itaquaquecetuba
Mairinque
Mauá
Ourinhos
Paulínia
Ribeirão Preto
Santos
Salto de Pirapora
Santo André
São Bernardo do Campo
São Carlos
São Paulo
São Roque
São Miguel Arcanjo
Sorocaba
Tatuí
Votorantim