Escrito por: Júlia Maria de Assis

Bancário do Santander é reintegrado em Campos dos Goytacazes

Para presidente do sindicato, o fortalecimento da categoria é essencial para que mais vitórias como essa possam ser comemoradas pelos bancários

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Demitido pelo Santander ao completar 25 anos de carreira, o bancário Mário Roberto Vasconcelos, ganhou uma ação na Justiça, foi readmitido e retornou ao trabalho na mesma função que ocupava, de gerente de atendimento, na manhã desta terça-feira (25).

Roberto foi demitido em novembro de 2015, quando exercia também a função de diretor de Planejamento da Cooperativa Habitacional dos Bancários de Macaé. Na ação, impetrada pelo Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região, os advogados questionaram justamente o fato de um dirigente de cooperativa da categoria ser demitido.

O presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira, comemorou a vitória e ressaltou a importância do fortalecimento da categoria para que mais ações como essa sejam vitoriosas. Segundo ele, um sindicato forte e combativo é essencial para a luta contra as injustiças e por manutenção de direitos.

“A reintegração de um bancário que foi demitido injustamente é uma das conquistas mais importantes para nós”, disse o dirigente que questionou o alto número de demissões no setor bancário, que, apesar da estagnação econômica, continua lucrando cada vez mais.

“Vivemos um momento de desmonte e de um processo de demissões inexplicável, porque os banqueiros estão lucrando mais do que nunca. Mas quando somos fortes na nossa luta conseguimos vitórias como essa. E no Santander é especialmente importante porque é um dos bancos que mais tem retirado direitos”, afirmou Rafanele.

Só a luta te garante

O gerente Mário Roberto Vasconcelos, que reconquistou o emprego nesta terça, iniciou sua trajetória profissional no Banco Real de Macaé, depois passou pelo ABN e, em seguida foi para o Santander, em Campos, permanecendo em todos os processos de aquisição de um banco por outro.

Casado, pai de um filho, ele passou quase três anos desempregado desde a demissão injusta, mantendo a família com a rescisão do contrato.

“Eu não podia ter outro trabalho, por conta da LER, e não sabia mais o que fazer”, diz Roberto, acrescentando que sempre confiou no sindicato.

”Nunca perdi a esperança porque o sindicato sempre esteve comigo não só no apoio jurídico, mas no apoio psicológico, me dando toda a atenção. Quando a gente é demitido, fica sem chão e o sindicato me ajudou a me manter de pé, porque eu não me senti sozinho”, disse o bancário.