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Bancários da Paraíba realizam "Dia em defesa da Caixa"

A luta é por mais respeito aos direitos e contra a precarização das condições de trabalho

Publicado: 16 Agosto, 2017 - 11h22 | Última modificação: 16 Agosto, 2017 - 12h28

Escrito por: ascom Seeb-PB

Emmanuela Nunes
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Para exigir da Caixa Econômica Federal mais respeito aos direitos dos empregados e lutar contra a precarização das condições de trabalho, o Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb-PB) realizou nesta terça-feira (15), em frente à agência Epitácio Pessoa, um protesto, dentro das atividades do Dia Nacional de luta, que percorreu também outras agências do banco público, da grande João Pessoa.

O protesto dos bancários recebeu o reforço de outras lideranças sindicais, a exemplo do secretário-geral da CUT-PB, Joel Nascimento e o secretário de Relações do Trabalho, Rogério Braz. 

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, expôs à sociedade que o Dia Nacional de Luta tem o compromisso cidadão em alertar sobre os graves ataques que as empresas públicas estão sofrendo.

 “O movimento sindical está cumprindo seu papel de denunciar e conscientizar a sociedade sobre os malefícios da privatização e reestruturação da Caixa. A população tem que saber o que esta atual gestão da Caixa está fazendo e os clientes e usuários devem tomar conhecimento das tentativas de destruir um patrimônio brasileiro centenário. O que está posto com a reestruturação e os planos de demissões voluntárias é justamente isso, assim como tentaram fazer na década de 90, durante o governo neoliberal de FHC.”

Marcelo, elencou uma lista das graves ações que visam enfraquecer a Caixa Econômica Federal. “A direção da Caixa reeditou mais um PDVE com a intenção de afastar mais 5 mil trabalhadores. Ora, nos sabemos da situação caótica da Caixa com o atual quadro, imagine quando essa gestão conseguir alcançar a meta de demissão”. Ainda lembrou, que a hora extra trabalhada aos sábados para o pagamento do FGTS precisou ser levada à Justiça para que os bancários de alguns estados tivessem a justa remuneração garantida em lei.

O presidente lembrou ainda outros fatores que colocam em risco o emprego bancário. “Os bancos estão investindo fortemente em alta tecnologia, através das agências digitais, que funcionam sem a presença do bancário, provocando uma onda de demissões, como já vimos em outras profissões, onde o saldo é a redução de empregos e o acúmulo dos lucros. A tudo isso que foi posto precisamos resistir e dizer não a essa gestão que segue a agenda de um governo golpista e ilegítimo. Se a direção da Caixa continuar com essa postura entreguista, os protestos vão continuar, podendo culminar com uma greve”, concluiu.

 

Rio de Janeiro também participou do Dia Nacional de Luta 

O Dia Nacional de Luta dos funcionários da Caixa Econômica Federal foi marcado em Campos dos Goytacazes (RJ) pela passeata e ato público no centro financeiro da cidade promovidos pelo Sindicato dos Bancários na manhã desta terça-feira, 15. O protesto foi também contra as reformas do governo Temer e suas consequências para a classe trabalhadora. Juntaram-se ao movimento da categoria os servidores estaduais da Faetec, instituição que reúne escolas técnicas. Eles estão em greve em virtude do atraso nos salários e do desmonte causado pela falta de investimentos por parte do governo Luiz Fernando Pezão.

— O que está acontecendo com a Caixa é muito grave. Querem entregar nosso patrimônio, o patrimônio do povo brasileiro, de mãos beijadas ao grande capital, à custa da precarização das condições de trabalho dos funcionários e do risco de extinção de programas sociais. A mobilização tem sido permanente e vamos continuar levando para as ruas nossa indignação e nossa luta — disse o vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Fábio Rangel.

 

Em Porto Alegre, os trabalhadores na caixa também se mobilizaram

Muitos empregados da Caixa Econômica Federal, em Porto Alegre, não ficaram só na torcida e vieram nesta terça-feira (15) para a luta e mobilização em defesa do banco 100% público e de seus direitos. Na Praça da Alfândega, em frente ao Edifício Sede Querência, eles mostraram garra e disposição para resistir e enfrentar os ataques do governo ilegítimo de Michel Temer, durante o ato que marcou no RS o Dia Nacional de Luta por valorização e defesa dos direitos dos empregados da Caixa.

Os dirigentes sindicais se revezaram com representantes de associações dos aposentados da Caixa no microfone para esclarecer a população sobre a importância dos bancos públicos para a vida dos brasileiros e a necessária unidade e mobilização dos empregados para combater uma lógica perversa de desmonte das empresas públicas.

Participaram do ato dirigentes do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Fetrafi-RS, Contraf-CUT, CUT-RS, Associação Gaúcha de Economiários Aposentados (AGEA) e Associação dos Gestores da Caixa no Rio Grande do Sul (AGECEF).

Combater o desmonte dos bancos públicos

Para mostrar que os empregados da Caixa não têm nenhuma responsabilidade sobre a repercussão do desmonte na prestação do serviços, o SindBancários lançou também a campanha de valorização do banco público.

A ideia é mostrar que a reestruturação da Caixa retira direitos dos clientes e das pessoas que mais precisam de políticas públicas. Os cortes no orçamento do governo federal incidem diretamente sobre a promoção de financiamento para a casa própria, na educação e até mesmo dificultam o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

As peças publicitárias e a defesa da Caixa fazem parte de uma campanha nacional em que o SindBancários pauta sob o conceito “Vem pra luta contra o desmonte dos bancos públicos”. A intenção é atacar a estratégia do governo Temer, que é aumentar as filas, precarizar o atendimento para culpar os empregados da Caixa e criar um clima entre os clientes favorável à privatização.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, exaltou a importância da Caixa como banco público para atender as necessidades de quem mais precisa. Políticas públicas de saneamento, casa própria e bolsa família são programas públicos ameaçados pela estratégia nociva dos golpistas.

“Se tivéssemos um governo sério, estaríamos lutando para fortalecer os bancos públicos. Essa é a lógica de um governo que acha que a população não precisa de banco público. É só o interesse do mercado. É uma lógica dos governos estadual e federal acabar com os bancos públicos. Estamos defendendo o futuro do país”, disse Gimenis.