Escrito por: Seec-Pernambuco
Em parceria com o Armazém do Campo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no local foi distribuída 1,5 tonelada de alimentos produzidos pela agricultura familiar, que recebe financiamento do BB
Com o mote "Sem o Banco do Brasil faltará comida na sua mesa", o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou um ato de protesto contra a reestruturação do Banco do Brasil, nesta quarta-feira (10), na Praça do Diário. A atividade marcou o Dia Nacional de Paralisação dos funcionários do BB, aprovado em assembleia pelos bancários.
"Estamos dialogando com a sociedade sobre a importância deste banco para a população, principalmente no investimento na agricultura familiar. Se o campo não planta, a cidade não janta. Se não tem Banco do Brasil, não tem financiamento da agricultura e vai faltar comida para todos. É um momento importante para dizer não à reestruturação do BB, não à privatização e, principalmente, a defesa intransigente da soberania, deste banco e da democracia", destaca a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues.
Em parceria com o Armazém do Campo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no local foi distribuída 1,5 tonelada de alimentos produzidos pela agricultura familiar, que recebe financiamento do Banco do Brasil e é responsável por 70% da comida que chega à mesa da população.
"Boa parte dos créditos acessados pelos assentamentos, como o Pronaf, são operados pelo Banco do Brasil e nós precisamos de um banco público, do povo brasileiro.Estamos na luta, parabéns ao Sindicato dos Bancários, estamos juntos", destaca o Coordenador Estadual do MST, Paulo Mansan.
Na Região Metropolitana do Recife, o Sindicato realizou atividades em dez unidades bancárias: Casa Amarela, Av. Norte, Camaragibe, Centro, Espinheiro, Dantas Barreto, Olinda, Paulista, Igarassu e CRBB.
"Estamos com uma campanha de mídia nas ruas, denunciando o desmonte do banco. Estaremos acionando os meios judiciais. Mas, o mais importante, é a nossa luta, é a participação dos trabalhadores bancários e bancárias, é a população entendendo a importância que o Banco do Brasil tem para a economia", avalia o dirigente do Sindicato e da CUT-PE, Fabiano Moura.
O plano de reestruturação não foi discutido com os funcionários do banco e com outros setores que serão afetados com o desmonte do BB. Mesmo assim, a direção do banco provocou a demissão de 5,3 mil funcionários em plena pandemia, além de fechar 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios, além de atacar direitos e renda de seus funcionários, como o fim da gratificação dos caixas executivos.
"O nosso ato é de resistência e de respeito à população deste Estado. Por isso, pedimos apoio à nossa luta. Nós juntos somos mais fortes, quando temos a compreensão por parte da população as coisas ficam mais fáceis", pontuou a secretária Geral do Sindicato e coordenadora da CEBB, Sandra Trajano.
Em Pernambuco, a previsão é de fechamento de oito unidades, sendo duas delas agências (Av. Norte - Recife e Monte Guararapes - Jaboatão) e seis Postos de Atendimento (Rio Formoso, Sanharó, Buenos Aires, Porto de Galinhas, Lagoa do Carro e Coronel Amorim). Outras 16 agências do Estado serão transformadas em Posto de Atendimento (PA), são elas: Marim dos Caetés, Heliópolis, Princesa do Agreste, Camocim de São Félix, Panelas, São João, São Joaquim do Monte, Agamenon Magalhães, Encruzilhada, Itapetim, Alagoinha, Águas Belas, Bom Conselho, Capoeiras, Flores, São José do Egito.