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Bancários do Itaú lançam campanha contra demissões: Não demita meus pais

Tuitaço marcará início da mobilização contra a falta de compromisso do banco

Publicado: 23 Setembro, 2020 - 10h39

Escrito por: Redação CUT

Contraf/CUT
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Os bancários do Itaú lançam nesta quarta-feira (23) uma campanha nacional contra as demissões que o banco vem realizando em plena pandemia do novo coronavírus que já matou mais de 130 mil brasileiros, fora os que contraíram a Covid-19 e ficaram com graves sequelas.

Para marcar a data será realizado um tuitaço às 11h com a #ItaúNãoDemitaMeusPais.

“O Itaú teve um lucro de R$ 28 bilhões no ano o passado, R$ 8 bilhões no primeiro semestre deste ano, desenvolveu campanha para mostrar seu lado humano na pandemia, mas demite funcionários durante a maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos 100 anos", criticou o coordenador da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Itaú, Jair Alves.

"Não podemos aceitar tamanha incoerência. Esta é a hora do banco mostrar sua responsabilidade com o país”, cobrou Jair.

Enquanto na TV a campanha publicitária da instituição diz que o "Itaú está pronto para ajudar você neste momento", na vida real, a direção do banco contraria o compromisso firmado com o Sindicato dos Bancários de não demitir durante a pandemia.

Foram 130 demissões somente na área de Veículos, além de outras que estão ocorrendo nas agências. Os representantes do Itaú disseram inicialmente que os desligamentos ocorreram somente na área de Veículos, mas membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE) afirmaram que também foram registradas demissões em agências, fato que acabou sendo admitido pelo banco.

Na terça-feira da semana passada, dia 15, foi realizada uma reunião entre os representantes do COE do Itaú e do banco para tratar das demissões

No encontro, os representantes do banco informaram que estavam fazendo  uma restruturação do modelo de negócios, que afetou diretamente a área de veículos. O Itaú alega que 70% dos trabalhadores afetados foram realocados, assumiu alguns desvios no processo de desligamento, e se comprometeu a reavaliar os casos de bancários demitidos em tratamento de saúde. 

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