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Bancos mantêm lucros em 2023, mas fecham 6 mil postos de trabalho

“Acionistas recebem cada vez mais, os trabalhadores adoecem e a população sofre com um atendimento cada vez mais precarizado”, afirma dirigente da categoria

Publicado: 15 Fevereiro, 2024 - 10h24

Escrito por: RBA

SP Bancários
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Apesar dos lucros bilionários permanentes, os bancos fecharam mais de 6 mil postos de trabalho em 2023, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “O emprego bancário está na contramão do país”, afirma a entidade. Nos cinco últimos anos, foram eliminadas 20,5 mil vagas.

No mercado de trabalho como um todo, no ano passado, houve crescimento do emprego formal e da renda. Esse desempenho aparece tanto na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, como no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (“novo” Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Para aumentar seus lucros, os bancos estão investindo em tecnologia e eliminando empregos e agências físicas. O impacto do fechamento dos postos de trabalho afeta toda a sociedade”, afirma a presidenta do sindicato, Neiva Ribeiro e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Bancos lucram acima de R$ 61 bilhões

Assim, prossegue Neiva, “seus acionistas recebem cada vez mais, os trabalhadores adoecem e a população sofre com um atendimento cada vez mais precarizado”. Ao mesmo tempo, o lucro dos três maiores bancos privados – Bradesco, Itaú e Santander – no período foi de R$ 61,2 bilhões.

“Além de fechar empregos, demitem para pagar salários menores. De acordo com os dados do Caged, o salário médio do trabalhador admitido correspondeu a 78,7% do desligado. “Exigimos o compromisso dos bancos com o desenvolvimento do país, geração de emprego e renda e taxas de juros menores para dinamizar a economia”, afirma a dirigente.

Apenas o Itaú Unibanco registrou lucro de R$ 35,6 bilhões em 2023, crescimento de 15,7% sobre o ano anterior. Mesmo com queda de 21%, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 16,3 bilhões. O Santander também teve retração (28%), mas ainda assim contabilizou lucro de R$ 9,3 bilhões.