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Bandeira israelense com suástica é queimada

Israel, Estado assassino, chega de matança do povo palestino

Publicado: 05 Junho, 2010 - 00h25

Escrito por: Leonardo Wexell Severo

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CUT manifesta solidariedade aos palestinosCUT manifesta solidariedade aos palestinos

Umamobilização “Contra a política de terrorismo de Estado de Israel” reuniu cerca de300 pessoas, com a presença de lideranças sindicais, estudantis, femininas,partidárias e religiosas na tarde desta sexta-feira, no vão livre do Masp, nacapital paulista.

“Estado de Israel, estado assassino, chegade matança do povo palestino” e “O palestino é meu amigo, mexeu com ele, mexeucomigo” foram as palavras de ordem mais entoadas pelos manifestantes, quefizeram tremular bandeiras brasileiras e palestinas, em meio a dezenas de fotosde crianças mortas, incendiadas e mutiladas pelos bombardeios israelenses.

Desta vez o estopim do protesto contrao regime de apartheid se deveu ao ataque à “Frota da Liberdade”, quetransportava mais de 750 pessoas, além de 10 mil toneladas de produtos - comoalimentos e medicamentos - destinados a prover ajuda humanitária à população daFaixa de Gaza. A covardia executada pela “tropa de elite” nazi-israelense emáguas internacionais assassinou 19 pessoas, deixando cerca de seis dezenas deferidos, alguns que continuam em estado grave. Entre a delegação de 38 nacionalidades,uma cineasta brasileira, Iara Lee.

“Felizmente, o sentimento da irmandadeune o povo brasileiro e o palestino”, lembrou o presidente da AssociaçãoIslâmica de São Paulo, Mohamad Sami El Kadri, agradecendo o crescente apoiorecebido em nosso país e em todo o mundo. Ele sublinhou o significado destacorrente para fortalecer a determinação de todos os que resistem nos territóriosocupados por Israel, em Gaza e na Cisjordânia, lembrando que é hora de por fimaos abusos genocidas do governo sionista, mais do que nunca à margem das leisinternacionais.

Várias lideranças árabes destacaram opapel positivo e cada vez mais ativo do governo brasileiro contra a agressão. Alémdos pronunciamentos, a comunidade agradeceu com faixas e cartazes as recentesdeclarações do presidente Lula pela paz, pela negociação e contra a matança promovidapor Israel. Ao mesmo tempo, cobraram o imediato rompimento do acordo assinadopelo Mercosul com Israel, “para dar conseqüência prática à nossa defesa daliberdade, da soberania e da auto-determinação dos povos, princípios que vêmsendo constantemente desrespeitados pelo estado sionista, que não deve serbeneficiado por um tratado comercial enquanto assassina milhares”.

CUT manifesta solidariedade aos palestinosCUT manifesta solidariedade aos palestinos

Emnome da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), JúlioTurra manifestou “total solidariedade ao povo palestino em sua luta contra oestado sionista, terrorista e assassino de Israel, que é um estado fictício, deuma economia fictícia, montado para favorecer as transnacionais dos EstadosUnidos em seu assalto às riquezas petrolíferas da região”. Turra citou a notaoficial da CUT, assinada pelo secretário de Relações Internacionais, JoãoFelício, que denunciou que ataquescomo os movidos por Israel contra o comboio humanitário que se dirigia porbarco à Gaza, só alimentam a espiral de violência, “impedem que a paz serestabeleça na região e prejudicam ainda mais a difícil vida dos moradores, quesofrem há anos com o injusto e cruel bloqueio”. “A CUT defende que asdiferenças políticas e as disputas internacionais entre Estados devem serresolvidas pela via pacífica e negociada, e não via ações militares covardesque só nos entristecem e nos revoltam”, declarou Júlio, fazendo ecoar a notacutista contra a política de apartheid.

Representando o Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Joaquim Pinheiro destacou que “asolidariedade joga papel chave neste momento para isolar a política criminosa eilegal do governo israelense”. Ele lembrou que encontram-se nos territóriosocupados uma militante do MST e uma jornalista do Brasil de Fato, buscandofurar o bloqueio desinformativo da grande mídia, levando o apoio dos movimentossociais brasileiros à luta contra a opressão sionista.

Acompanhado de seu filho pequeno, osecretário geral do Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos doBrasil, SheiKh Khaled Taky Eldin, denunciou que “crianças, mulheres e idososestão sofrendo e morrendo a cada dia na Palestina por causa da criminosa opressãoa que vem sendo submetidos”. “Meu filho viu uma foto de uma criança morta pelosbombardeios indiscriminados movidos por Israel contra a população civil e meperguntou por que este menino morreu desse jeito? Qual é a resposta de cada umde vocês? Estamos aqui para dizer que eles merecem viver em paz, que todosmerecemos viver em paz. Viva a liberdade!”, acrescentou.

A jovem Sarah de Roure, da MarchaMundial das Mulheres, pediu respeito à liberdade e soberania do povo palestinoe defendeu “a mais ampla mobilização para construirmos juntos um mundo semmachismo e imperialismo”.

Lenice Antunes, representante daFederação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), entidade que tem uma dirigentepalestina em sua vice-presidência, disse que “é inaceitável que enquanto ospovos de todo o mundo buscam a paz e a negociação, como aconteceu recentementecom o acordo firmado entre Brasil, Irã e Turquia, o governo israelense continueapostando na agressão, na segregação, em atos tão covardes e repugnantes”.

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Em nome do Partido dos Trabalhadores(PT), Misa Boito condenou a política de “dois pesos e duas medidas adotada pelogoverno de Israel, cada vez mais um Estado assassino sustentado pelos EstadosUnidos para tomar o petróleo árabe”. Misa lembrou que enquanto a população deGaza é mantida sob criminoso bloqueio, sem acesso a condições mínimas deexistência, a da Cisjordânia se vê isolada pelo muro do apartheid, uma situaçãocompletamente injustificável e intolerável para qualquer ser humano.

O vereador Jamil Murad, do PartidoComunista do Brasil (PCdoB), lembrou do longo histórico de violência eusurpação praticada pelos israelenses contra a população árabe, sempre com oaval do imperialismo norte-americano, dos seus bilhões e suas bombas.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL)lembrou que “Israel é um país que desrespeita todas as resoluçõesdas Nações Unidas desde 1949, particularmente depois de 1967, e há umaimpunidade sustentada pelo governo norte-americano”.

“É um estado terrorista e covarde.Muitos dos mortos no barco que se dirigia à Gaza não foram sequer contabilizados,pois foram jogados ao mar, conforme denúncia da cineasta Iara Lee. Precisamosgarantir o respeito à soberania palestina”, declarou Cao Pereira, do PartidoPátria Livre (PPL).

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O presidente regional da Central Geraldos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Paulo Sabóia, disse que a ação israelensecontra um barco de pacifistas “desmascara a barbárie, sendo um ataque a todosnós, pois deixa claro o caminho nazi-fascista daquele governo, que é uma ameaçaà Humanidade”.

Ao final do evento, uma bandeira deIsrael com a suástica nazista foi queimada pelos manifestantes.

leonardo@cut.org.br