Escrito por: CUT Brasília
A militância do acampamento Lula Livre em Brasília engrossou a luta por direitos e democracia nesta terça-feira (17).
A militância do acampamento Lula Livre em Brasília engrossou a luta por direitos e democracia nesta terça-feira (17).
Trabalhadores e trabalhadoras da CUT, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (CONTAG) realizaram bandeiraço em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para denunciar caos no campo, pela liberdade de Lula, em defesa da reforma agrária e de melhores condições de vida no campo.
O diretor do MPA, Bruno Pilon, explicou que o objetivo da atividade é reforçar o processo de resistência e mostrar o descontentamento da classe trabalhadora em relação ao que se passa no país, desde a perda de direitos e início da ruptura democrática que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder. Bruno também relembrou o massacre de Eldorado dos Carajás. Para ele, o momento é um marco na história da luta camponesa.
“Hoje, completam-se 22 anos do massacre e da impunidade. Na época, 19 camponeses que lutavam pela terra foram assassinados a sangue frio, sob a luz do dia e, até hoje, os criminosos seguem impunes”, explicou. “Para que haja reforma agrária no país é necessário acabar com o golpe e restaurar a democracia”, finalizou Bruno.
O secretário de Finanças da CUT Brasília, Julimar Roberto, aproveitou para criticar a mídia e destacou a necessidade de democratização da mídia para o fortalecimento da democracia e em defesa do Lula livre.
“Desde o início do golpe, a impressa golpista tem sido extremamente partidária. Com isso, assuntos tão importantes como esse que está sendo discutido hoje não chegam à população. Nós, a classe trabalhadora e os movimentos social e sindical, não vamos nos acostumar com a prisão de Lula. Seguiremos firmes e na luta por igualdade de direitos e democracia”, concluiu Julimar.
O dirigente do MST, Alexandre Conceição ressaltou a importância de Lula no andamento da reforma agrária no Brasil. “Estamos pressionando o STF e denunciando a prisão arbitrária de Lula, os 22 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás e, principalmente, denunciando que após o processo de golpe houve a paralisação completa da reforma agrária. A mobilização segue firme, já passamos de 20 novas ocupações e não vamos enfraquecer. A reforma agrária é de extrema importância para o povo brasileiro, pois é a partir da distribuição de terra que se estabelece um processo democrático e de ampla produção de alimentos que chegam saudáveis e mais baratos à mesa do povo brasileiro. Mas para que haja reforma agrária no país é necessário acabar com o golpe e restaurar a democracia”, concluiu.
A ação faz parte das atividades do acampamento Lula Livre, organizadas pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, e do Abril Vermelho do MST. Diversas outras ações serão realizadas ao longo da semana.