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Bastava “dar um Google” para Exército descobrir ficha criminal de membro do PCC

 Juiz que autorizou PF a fazer busca e apreensão contra membro do PCC autorizado pelo Exército a comprar armas com certificado de registro de CAC, diz que qualquer busca no Google acenderia o sinal amarelo

Publicado: 22 Julho, 2022 - 12h08 | Última modificação: 22 Julho, 2022 - 12h15

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Divulgação/PF
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Batava ‘dar um Google”, ou seja, fazer uma pesquisa na internet, para o Exército Brasileiro negar  o certificado de registro de armas CAC - caçador, atirador e colecionador -, a um criminoso do  Primeiro Comando da Capital (PCC), que, autorizado pelos militares comprou duas carabinas, um fuzil, duas pistolas, uma espingarda e um revólver.

Quem afirmou que qualquer busca no Google feita pelos militares poderia acender um sinal amarelo sobre o suspeito foi o juiz José Humberto Ferreira, da Justiça Federal de Uberlândia, que autorizou a Polícia Federal a fazer busca e apreensão contra o criminoso, que tem 16 processos criminais, entre eles cinco indiciamentos por crimes como homicídio qualificado e tráfico de drogas.

"Causa-me espécie verificar que os responsáveis no Exército Brasileiro pela apreciação dos pedidos administrativos foram enganados e emitiram um Certificado de Registro como Caçador e Atirador Esportivo em favor do representado sem, sequer, fazer uma pesquisa para verificar sua vida pregressa, pois uma simples consulta no Google em nome de X acenderia uma luz amarela, a indicar que outras diligências deveriam ser tomadas antes de conceder o Certificado", disse o juiz, na decisão.

O integrante do PCC apresentou uma certidão negativa de antecedentes criminais na segunda instância, emitida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. É na primeira instância da justiça que o criminoso acumula 16 prosessos.