Escrito por: Redação CUT

Bolsa Família deve oferecer até R$ 50 a mais para crianças e jovens de 7 a 18 anos

Proposta está sendo analisada pelo governo federal para que famílias com maior número de pessoas possam ser beneficiadas. Governo quer evitar pagamentos duplicados a pessoas da mesma família

Fernando Frazão / Agência Brasil - arquivo

O governo Lula (PT) quer pagar um benefício extra às famílias que têm maior número de membros no novo Bolsa Família. A proposta que vem sendo estudada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social é pagar de R$ 20 a R$ 50 reais a mais para cada membro de famílias com idades entre 7 e 18 anos, além dos R$ 150 por criança de zero a seis anos e mais o benefício de R$ 600 por família.

Se for confirmado o valor de R$ 50, uma família com três filhos, sendo dois na faixa etária para receber R$ 50 e outro na faixa de R$ 150 poderá receber até R$ 850, por exemplo. O desenho do novo programa, deve ser concluído na próxima semana, segundo a Folha de São Paulo.

Em contraponto, o governo quer critérios mais rígidos para as famílias unipessoais, compostas por um único integrante, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ofereceu o Auxílio Brasil independentemente do número de pessoas que compõem uma família. Isso fez milhares de pessoas se cadastrassem para receber o benefício mesmo pertencendo a mesma família. Já o valor do pagamento do Bolsa Família dependia do número de filhos e faixa de renda de cada pessoa.

Proteção a unipessoais e fim das fraudes

O governo também avalia como dar prioridade na entrada do programa para as famílias mais numerosas sem, no entanto, prejudicar as famílias solo.

Segundo o ministro Wellington Dias, que comanda a pasta da Assistência Social, para não prejudicar quem realmente precisa, o governo avalia um modelo de pontuação para as famílias unipessoais. O objetivo é verificar, por exemplo, se a pessoa não tinha família antes ou ficou sozinha após falecimento de algum familiar.

De acordo com o Ministério cerca de 2,5 milhões de benefícios irregulares podem ser cortados.

O Cadastro Único considera em extrema pobreza pessoas com renda mensal de R$ 105 por membro da família. Rendimentos entre R$ 105,01 e R$ 210 são classificados como situação de pobreza –e também se encaixam no critério.