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Bolsonaro aparece mais de 48 horas após Lula ser eleito, mas não reconhece derrota

No primeiro pronunciamento após a derrota, presidente condena, de forma dúbia, bloqueios que seu grupo político estimulou

Publicado: 01 Novembro, 2022 - 17h09 | Última modificação: 01 Novembro, 2022 - 17h43

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de domingo (30), apareceu nesta terça-feira (1º), mais de 48h após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamar a vitória do ex-presidente Lula (PT), eleito presidente pela terceira vez.

Em um pronunciamento de 2 minutos e 3 segundos, ele não reconheceu a derrota, nem deu parabéns ou desejou sorte ao seu sucessor no comando do país. Se limitou a agradecer os votos que recebeu e, apesar do estrago das manifestações fascistas de seus aliados nas estradas, mandou um recado dúbio. Disse que as "manifestações pacíficas são bem-vindas", referindo-se aos bloqueios nas estradas, mas criticou atos de violência e disse que "o direito de ir e vir" da população deve ser preservado.

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populaes são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como ionvasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", afirmou o presidente.

Bolsonaro afirmou que sempre respeitou a Constituição e continuará com esse comportamento. "Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", continuou.

Logo após a fala de Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, confirmou conversações com o PT para o início da transição de governo.