Bolsonaro aumenta vergonha do Brasil nos EUA com motociata em Orlando

A chegada de Jair Bolsonaro (PL) a Los Angeles (EUA), na última quinta-feira (9), onde participa da “Cúpula das Américas”, promovida pelo presidente norte-americano Joe Biden, que tem como uma das metas o fortalecimento da democracia no continente, mostrou como o brasileiro é visto fora do seu cercadinho em Brasília.  

A referência ao jornalista inglês Dom Phillips e ao indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos há cinco dias na região do Vale do Javari, na Amazônia, era uma entre outras mensagens de protesto contra o presidente do Brasil. Um caminhão com telas de LED também podia ser observado nas ruas da cidade da Califórnia onde fica Hollywood. “Fuera, Bolsonaro“, “Bolsonaro loves Trump” (Bolsonaro ama Trump) e “Don’t trust Bolsonaro” (não confie em Bolsonaro) era algumas das mensagens expostas. 

Aqui a pecha de “vagabundo” já pegou, pelo gosto de Bolsonaro em tirar férias enquanto o país está mergulhado na mais profunda crise econômica desde o plano Real, com alta da inflação, o desemprego e 33 milhões de pessoas passando fome.  O presidente brasileiro já tirou 15 mini-férias e gastou mais de R$ 21 milhões no cartão corporativo, cujos gastos estão mantidos em sigilo por 100 anos, mas foram vazados pela imprensa.

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A divulgação dos gastos presidenciais levou a “hasthtag” “Jair gasta o Brasil paga” a ficar em alta durante todo o dia 18 de maio, no Twitter. Os internautas reivindicaram mais explicações sobre os gastos realizados no cartão corporativo pelo presidente da República.

Nesta sexta (10) os internautas não perdoaram de novo e lançaram a hasthtag “Vagabundo das Américas”

CIRÚRGICO! “Democracy or Bolsonaro”.

VAGABUNDO DAS AMÉRICAS pic.twitter.com/oMJgjVjf3b

— abocadelobo

Com o VAGABUNDO DA REPÚBLICA em visita ao EUA para a Cúpula das Américas, declaro oficialmente que durante a viagem ele foi promovido para:

VAGABUNDO DAS AMÉRICAS pic.twitter.com/tcwiDDsVfN

— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) June 9, 2022

Discurso mentiroso

Como nunca tem nada a dizer além de mentiras, Bolsonaro ressaltou em seu discurso na Cúpula das Américas, que o Brasil é capaz de expandir seu agronegócio, sem causar danos à Amazônia.

“O Brasil alimenta um bilhão de pessoas, garantimos a segurança alimentar de um sexto da população mundial”, observou Bolsonaro. “Uma realidade: sem o nosso agronegócio, parte do mundo passaria fome”, discursou.

Segundo o presidente, o Brasil não apenas evitou uma crise alimentar ao garantir acesso a fertilizantes, mas também desempenhou um papel de liderança na busca de soluções internacionais em favor da segurança alimentar.

Bolsonaro só esqueceu de citar os nossos 33 milhões de famintos, e que em seu governo as queimadas e devastações na Amazônia e Pantanal, batem recordes. 

Depois de mentir descaradamente, Bolsonaro tenta mais uma vez desviar o foco dos reais problemas e anuncia que fará uma motociata, na cidade de Orlando, estado da Flórida, neste sábado (11), a partir das 10 horas da manhã (hora local).

O Itamaraty, assim como a segurança pessoal de Bolsonaro, está preocupado porque a Pasta não tem experiência para organizar uma atividade como essa, já que costumeiramente prepara encontros dos presidentes brasileiros com outros chefes de Estado, visitas a empresas, conferências e agendas semelhantes. Essa preocupação foi estampada em jornais brasileiros.

"Não se espera que um chefe de Estado de outro país organize uma coisa dessas em uma visita ao seu território", afirmou à Malu Gaspar, do jornal O Globo, um diplomata envolvido nos preparativos da viagem, ao explicar a preocupação do Ministério das Relações Exteriores em evitar um possível mal estar com o governo norte-americano.

Oficialmente, o presidente vai a Orlando para inaugurar um vice-consulado na cidade, subordinado ao consulado geral de Miami. Mas coincide com a realização do 1º Congresso Conservador Brasileiro da Flórida, que vai reunir o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e o blogueiro foragido Allan dos Santos, ambos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Com informações do Brasil 247