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Nem religiosos nem políticos querem receber Bolsonaro na Itália

Diocese de cidade italiana criticou homenagem feita ao presidente do Brasil

Publicado: 29 Outubro, 2021 - 14h27 | Última modificação: 29 Outubro, 2021 - 15h02

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/Facebook
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O presidente Jair Bolsonaro chegou a Roma, na Itália, na manhã desta sexta-feira (29), para participar de reuniões da cúpula do G20, mas não vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26).

Na segunda-feira ((1º), Bolsonaro pretende visitar a basílica de Santo Antônio, em Pádua, e depois irá até à cidade Anguillara Veneta, onde nasceu seu bisavô, para receber o título de cidadão honorário, honraria que está provocando protestos de italianos e brasileiros, assim como reação negativa a visita à basílica.

Ninguém quer receber Bolsonaro. Nota divulgada pela diocese de Pádua deixa claro que os religiosos não estão dispostos a receber o brasileiro de maneira oficial. Se Bolsonaro quiser entrar na basílica, será na condição de um peregrino como qualquer outro, diz o colunista Jamil Chade, do UOL.

Em nota, a Diocese de Pádua fez um apelo ao presidente do Brasil e disse que o título que receberá causa “grande constrangimento”.

“A concessão da cidadania honorária criou um grande constrangimento para nós” e que não é possível ignorar “as muitas e fortes vozes de sofrimento que cada vez mais nos alcançam”, diz trecho da nota.

Tanto o prefeito de Pádua, Sergio Giordano, como o bispo local Claudio Cipolla deixaram para interlocutores claro que não pretendem receber oficialmente o presidente. Giordani já antecipou que “estará fora por compromissos assumidos” e não poderá receber o governante brasileiro.

Para deixar ainda mais claro a forte rejeição a Bolsonaro, ativistas picharam “Fora Bolsonaro” e jogaram esterco na fachada sede da prefeitura do município, comandada por Alessandra Buoso, que é filiada à Liga do Norte, partido de extrema direita italiano.

Jamil Chade, também destacou, em outro texto publicado no UOL, que o Itamaraty busca “construir pontes” com outras nações do G20, mas a credibilidade do país foi afetada pela gestão Bolsonaro. Internamente, o governo brasileiro também foi ridicularizado pela última viagem internacional, quando membros da delegação com covid-19 foram aos Estados Unidos.

Confira repercussão nas redes sociais: