Bolsonaro disse mais de 4 mentiras por dia em 3 anos e 3 meses de governo
Em 1.185 dias como presidente, Bolsonaro deu 5.145 declarações falsas ou distorcidas, segundo levantamento do site Aos Fatos
Publicado: 01 Abril, 2022 - 15h23 | Última modificação: 01 Abril, 2022 - 15h46
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Desde que assumiu a presidência da República, em 1º de janeiro de 2019, até esta quinta-feira (31), portanto com 1.185 dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL), mentiu - ou deu declarações distorcidas - 5.145 vezes, o que dá uma média de mais de 4,35 lorotas presidenciais por dia.
O levantamento, atualizado periodicamente, foi feito pelo Aos Fatos, site jornalístico independente de verificação de fatos, criado em julho de 2015 com o objetivo de verificar o que é falso e o que é real em discursos políticos.
Neste 1º de abril, conhecido como dia da mentira, os internautas estão lotando as redes sociais com comentarios sobre o tema associado a hashtag #BolsonaroDay. No Twitter, o assunto ficou entre os mais comentados na manhã desta sexta-feira.
Confira aqui algumas publicações selecionadas pela equipe da RBA.
Qual a maior mentira de todas?
A mentira sobre o fim da corrupção no governo é a primeira no ranking das inverdades ditas pelo presidente desde janeiro de 2019, quando tomou posse, segundo o site Aos Fatos.
Esta semana, depois da explosão do escândalo de cobrança de propina e até ouro em troca de verbas para o ensino no Ministério da Educação (MEC), Bolsonaro repetiu pela 191ª vez a mentira de que no seu governo não tem corrupção.
Ele chegou a dizer que colocaria não apenas a mão, mas a cara no fogo pelo ministro-pastor Milton Ribeiro, que acabou pedindo demissão do cargo. E após a exoneração do amigo, continuou mentindo.
“Tenho certeza que cada vez mais estaremos levando o Brasil para aquilo que é certo. Acabou o tempo da demagogia, da mentira e da corrupção”, disse nesta quarta-feira.
O site lembra alguns casos de corrupção de Bolsonaro, govenro e familia, confira:
. o caso de sua funcionária fantasma Wal do Açaí, que levou o O Ministério Público Federal a entrar com uma ação na Justiça contra o presidente por improbidade administrativa
. denúncias foermais contra todos os familiares do presidente, inclusive de formação de quadrilha.
. Denúncias de corrupção contra ministros e aliados.
Analistas afirmam que Bolsonaro trabalha para interferir na autonomia das instituições, como a Polícia Federal (PF), e enfraquecer os órgãos de controle como a Controladoria Geral da União (CGU), criada pelo ex-presidente Lula.
O Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), por exemplo, registrou no ano passado, o menor porcentual de demandas feitas pelos órgãos de controle para o tema corrupção ante outros ilícitos na comparação com dados desde 2014, quando teve início a série histórica, segundo o jornal O Estado de S Paulo.
E no ano passado, diz a Folha de S. Paulo, Bolsonaro cortou verba que seria destinada pelo Coaf à modernização do seu principal instrumento de identificação de crimes como corrupção lavagem de dinheiro.