Bolsonaro diz que governo não vai comprar seringas para vacinação contra Covid-19
Anúncio da decisão foi feito por meio de suas redes sociais na manhã desta quarta (6). Para o presidente da República, o preço cobrado pelos fornecedores está caro
Publicado: 06 Janeiro, 2021 - 11h12 | Última modificação: 06 Janeiro, 2021 - 11h28
Escrito por: Redação CUT
O presidente da República Jair Bolsonaro (ex-PSL) anunciou em suas redes sociais na manhã desta quarta-feira (6) que o Ministério da Saúde não vai comprar seringas para imunizar a população contra a Covid-19 que já matou quase 198 mil brasileiros.
Em mais uma desculpa para cobrir a sua incompetência, Bolsonaro diz que o preço cobrado pelos fornecedores está caro e que o governo só fará a aquisição quando o preço voltar à “normalidade”. No último pregão eletrônico realizado em 29 de dezembro de 2020, o Ministério da Saúde conseguiu adquirir apenas 7,9 milhões de unidades das 331 milhões planejadas.
Novamente Bolsonaro terceiriza sua responsabilidade e diz que os governos dos estados têm estoques de seringas suficientes para atender parte da população, já que as primeiras doses de vacina são poucas.
Sobre o pregão, o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo ) , Paulo Henrique Fraccaro, disse ao UOL que os preços de referência apresentados pelo governo estavam "extremamente defasados da realidade".
A entidade disse ainda que não faltará seringas no país e que o prazo é de 45 dias entre a compra e a entrega do material, mas é possível fazer rearranjos em estoques para reduzir esse período.