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Bolsonaro é julgado por crimes na pandemia no Tribunal do Genocídio na PUC-SP

Evento simbólico tem a ex-desembargadora Kenarik Boujikian no júri; acusação é feita pela ex-procuradora Deborah Duprat

Publicado: 25 Novembro, 2021 - 09h30 | Última modificação: 25 Novembro, 2021 - 09h52

Escrito por: Redação Brasil de Fato

O Tuca, teatro da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), sedia na manhã desta quinta-feira (25) o Tribunal do Genocídio. O evento simbólico é organizado pelo Coletivo Professor André Naveiro Russo, que reúne professores, estudantes, funcionários, e tem o apoio da Reitoria da PUC-SP.

O julgamento será realizado entre 8h30 e 12h, com transmissão do Brasil de Fato, da TV PUC e também pela TVT. O objetivo é julgar os atos e as omissões dos responsáveis pelas mais de 613 mil mortes no Brasil, causadas pela pandemia de covid-19 durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“É um julgamento necessário, e a gente espera que depois ele seja feito também pelos órgãos apropriados, nacionais ou internacionais”, diz a magistrada Kenarik Boujikian. Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça de São Paulo, Kenarik vai presidir o corpo de jurados.

“A sociedade não pode ficar observando a tragédia. A grande maioria das vítimas veio a óbito porque os responsáveis pela administração pública federal adotaram uma política negacionista, irresponsável e desumana”, afirmaram os organizadores, no ato de instituição do Tribunal do Genocídio.

Para representar a sociedade e apresentar a acusação, foi nomeada a ex-procuradora-geral da República Déborah Duprat. Organizações da sociedade civil também participarão. Para tanto, constituíram assistentes da acusação que apresentaram razões de fato e de Direito até esta terça-feira. A defesa dos atos do governo de Jair Bolsonaro ficará a cargo do advogado Fabio Tofic Simantob.

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