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Bolsonaro sabota medidas contra a covid-19, denuncia entidade internacional

Relatório da Human Rights Watch, que observa os direitos humanos no mundo, critica Bolsonaro por minimizar efeitos da covid-19 e de tentar impedir que governadores tomassem medidas de distanciamento

Publicado: 13 Janeiro, 2021 - 12h36 | Última modificação: 13 Janeiro, 2021 - 16h46

Escrito por: RBA

José Dias/ Presidência
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Relatório global 2021 da Human Rights Watch, entidade internacional que analisa a situação de direitos humanos em mais de 100 países no mundo, acusa o governo Jair Bolsonaro (ex-PSL), de sabotar medidas de saúde pública para combater a covid-19.

A acusação é feita no capítulo que analisa os principais eventos de 2020. Segundo o relatório, divulgado nesta quarta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e governadores defenderam políticas para proteger os brasileiros da doença, em resistência à atuação de Bolsonaro contra a covid-19.

“O presidente Bolsonaro minimizou a covid-19, a qual chamou de  “gripezinha”; recusou-se a adotar medidas para proteger a si mesmo e as pessoas ao seu redor; disseminou informações equivocadas; e tentou impedir os governos estaduais de imporem medidas de distanciamento social”, diz a entidade.

Outra crítica da entidade é em relação à atuação do  governo Bolsonaro no sentido de enfraquecer a fiscalização ambiental, na prática dando sinal verde às redes criminosas envolvidas no desmatamento ilegal na Amazônia e que usam a intimidação e a violência contra os defensores da floresta.

O relatório do Human Rights Watch lembra ainda que Bolsonaro “acusou, sem qualquer prova, indígenas e organizações não governamentais (ONGs) de serem responsáveis pela destruição da floresta. Ele também fez ataques a jornalistas”.

O relatório destaca que, em 2019, a polícia matou 6.357 pessoas, uma das maiores taxas de mortes pela polícia no mundo. “Quase 80 por cento das vítimas eram negras. As mortes causadas por policiais aumentaram 6 por cento no primeiro semestre de 2020”.

“O relatório da Human Rights Watch aponta os absurdos do governo Bolsonaro no último ano. E concluiu que ele tentou sabotar o combate à covid. Não restam dúvidas que temos um genocida na presidência”, afirmou pelas redes sociais o coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos.

Trump, "um desastre"

Os quatro anos de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos também foram objeto de crítica da Human Rights Watch no relatório mundial. Trump é visto como “um desastre” para os Direitos Humanos. Ela manifesta esperança numa mudança de paradigma com o presidente eleito, o democrata,  Joe Biden, que toma posse em 20 de janeiro.

No seu relatório anual, no capítulo intitulado “O Desafio de Biden: Resgatar o Papel dos Estados Unidos para os Direitos Humanos” e quase sempre em torno do papel norte-americano, a HRW sublinha que Trump foi um presidente “frequentemente hostil e indiferente” em relação aos Direitos Humanos.

Confira o relatório da Human Rights Watch