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‘Bom dia, presidente Lula’ desta quarta-feira (18) teve sotaque internacional

Acampamento Lula Livre continua resistente, em frente à sede da PF, onde o ex-presidente consegue ouvir a saudação carinhosa da vigília permanente pela sua liberdade

Publicado: 18 Abril, 2018 - 11h06 | Última modificação: 18 Abril, 2018 - 11h24

Escrito por: Luciana Waclawovsky, especial para Portal CUT

Eduardo Matysiak/Agência PT
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Comitê Norueguês de Solidariedade à América Latina é um dos coletivos estrangeiros no acampamento

O sol voltou a brilhar na manhã desta quarta-feira (18) no Acampamento Lula Livre em frente à Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-presidente encontra-se sob a condição de preso político, condenado sem crimes nem provas pela Justiça brasileira.

O ‘bom dia, presidente!’, puxado pelo ex-ministro e candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul, Miguel Rossetto, aconteceu em forma de jogral e contou com a participação e solidariedade de visitantes internacionais que vieram ao Brasil para denunciar ao mundo as arbitrariedades do julgamento e condenação de Lula pelo Poder Judiciário brasileiro.

Além de integrantes da Frente Internacional de Brasileiros Contra o Golpe (Fibra), formada por brasileiros que moram em outros países, estão no acampamento e vigília permanente representantes da Noruega, Argentina, Amsterdã e Dublin.

Ampliação do acampamento e tensão durante a noite

A mudança das barracas de pernoite e de alimentação, ocorridas ao longo do dia de ontem e no início desta manhã, duplicou o acampamento. Os espaços para dormir e se alimentar estão a cerca de um quilômetro de distância de onde ficaram os locais dos atos políticos. Entre o deslocamento de um local e outro, na noite desta terça-feira, integrantes de uma torcida organizada de futebol local agrediram alguns manifestantes do MST.

A organização do acampamento exigiu que o acordado com as instituições públicas de segurança municipal e estadual mantenham o combinado e disponibilizem viaturas de segurança para os manifestantes, que só sairão de Curitiba quando o ex-presidente Lula sair pela porta da frente da sede da Polícia Federal.

Mesmo com a tensão da noite, a Praça Olga Benário, batizada assim pelos movimentos que estão em vigília permanente em frente ao prédio da PF, segue sendo o maior espaço de resistência do Brasil, recebendo caravanas de todos os lugares do país, especialmente dos estados da Região Sul e Sudeste.