Escrito por: Flávio Aguiar, na RBA
“O Processo", que conta a história do impeachment de Dilma, ficou em em 3º lugar
O “nosso” Brasil (não o “deles”) está saindo muito bem na foto da 68ª Berlinale 2018, o Festival Internacional de Cinema de Berlim, um dos melhores do mundo, continuando uma tradição.
Tinta Bruta, de Marcio Revlon e Filipe Matzembacher, ganhou o Teddy Award (dado a filmes de temática LGBTI) de melhor filme.
Destaque (equivalente a Menção Honrosa) para Las Herederas, de Marcelo Martinessi, filme paraguaio com participação do Brasil na co-produção. É a primeira vez que um filme paraguaio toma parte na Berlinale. Ele ganhou também o prêmio Teddy Reader’s e o Prize Winner Competition 2018. O filme ganhou ainda o prêmio da Associação de Críticos.
Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, ganhou o prêmio Teddy de Melhor Documentário, com Linn da Quebrada. O filme foi aplaudidíssimo, e Linn recebia cumprimentos na rua por onde passava.
O filme Obscuro Barroco, produção francesa e grega, direção de Evangelia Kranioti, sobre a cultura queer no Rio de Janeiro, com Luana Muniz conduzindo a narrativa, ganhou o Prêmio Especial do Júri Teddy.
O Processo, filme de Maria Augusta Ramos sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, teve casa lotada em todas as sessões, e a plateia aplaudia o filme durante sua exibição e aplaudiu de pé ao final. Ele ficou em terceiro lugar no prêmio do público na categoria documentário, da mostra Panorama.
É uma resposta de peso ao condomínio reacionário que quer fazer o Brasil regredir em todos os sentidos.
Há outros filmes brasileiros e co-produções na disputa por outros prêmios.
Todos os prêmios devem ser anunciados no sábado, 24.