Escrito por: Redação CUT

Brasil registra 1.439 mortes por Covid-19 em um dia e total chega a 221,6 mil

Em meio a explosão de casos da doença que passam de 9 milhões no total, o país registra pela terceira vez o maior número de mortes pela doença em 24 horas, desde o início da pandemia

Divulgação

O Brasil registrou 1.439 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 221.676 vidas perdidas. Foi o terceiro registro mais alto de mortes pela doença em 24 horas no país desde o início da pandemia. Em casos confirmados, 9.060.786 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 60.301 desses confirmados de quarta-feira (27) para quinta-feira (28).

O país tem registrado nos últimos dias uma explosão de casos de Covid-19. O processo de vacinação ainda é lento devido ao atraso dos imunizantes e falta de matéria-prima.

A gestão pública brasileira da pandemia do novo coronavírus é a pior do mundo, de acordo com um estudo publicado hoje por um grupo de reflexão na Austrália. A estratégia da Nova Zelândia é considerada a melhor, embora o país tenha confirmado dois novos casos da variante sul-africana do coronavírus nas últimas horas.

De acordo com o consorcio de imprensa, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 1.064, a maior desde o dia 4 de agosto, quando chegou a 1.066. Já a média móvel diária de novos casos no mesmo período, foi de 51.567 - já são 20 dias com o  índice acima da marca de 50 mil.

Mortes nos estados

Os estados que registraram maiores números de vítimas nas últimas 24 horas foram São Paulo (332), Minas Gerais (216) e Rio de Janeiro (187).

Oito estados estão com alta na média de mortes: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Ceará, Mato Grosso, Goiás e Paraná.

Em estabilidade estão o Distrito Federal e 13 estados: Amapá, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Com queda na média de mortes, aparecem cinco estados: Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul.

Covid-19 por regiões

As regiões com mais mortes pelo coronavírus foram Sul e Sudeste, com 673 e 318 novos óbitos, respectivamente. A região Norte aparece logo em seguida, com 173 vítimas nas últimas 24 horas. Dessas, 113 foram no Amazonas — 79 apenas na cidade de Manaus.

O estado do Amazonas acumula 115.148 casos da doença. Somente nas últimas 24 horas, foram registrados 1.852 diagnósticos. São Paulo e Paraná lideram o ranking de casos diários, com 14.776 e 4.491 novos resultados positivos registrados, respectivamente. 

Mundo

No mundo, a Covid-19 matou mais de 2 milhões de pessoas. O Brasil é o segundo país com maior número de óbitos, quem lidera o ranking é o Estados Unidos, com 429.312 vítimas. Os dois países, juntos, somam mais de 1⁄4 de todas as mortes provocadas no mundo por coronavírus.

O mundo acumula 100.270.602 milhões de infectados pela covid-19. O Brasil ocupa o 3º lugar na classificação dos lugares com mais casos no mundo, atrás apenas de Índia (10.701.193) e Estados Unidos (25.640.449).

EUA enviam ajuda a Manaus

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (28) o envio de ajuda ao Amazonas para o enfrentamento ao coronavírus, após o estado entrar em colapso hospitalar pelo rápido aumento nos casos de Covid-19. Segundo nota divulgada pela Embaixada americana no Brasil, uma iniciativa liderada pelo governo dos EUA arrecadou mais de US$ 300 mil em doações, equivalente a mais de R$ 1,6 milhão.

O sistema de saúde de Manaus que entrou em colapso nas últimas semanas com a disparada dos casos de Covid-19 continua sobrecarregado, com pacientes ainda estão sendo transferidos para outros estados.

As internações e os enterros bateram recorde, os hospitais ficaram sem oxigênio. Mais de 30 pessoas morreram por falta de oxigênio nos dias 14 e 15 de janeiro, quando a capital atingiu o ápice da falta do insumo.

Nesta quinta-feira (28), o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou que a pandemia de Covid-19 voltou a se intensificar no interior e o que estado precisará de mais oxigênio hospitalar.

O secretário participou de uma reunião virtual da Câmara dos Deputados, convocada para discutir a situação da pandemia no Amazonas.

A falta de oxigênio foi momentaneamente resolvida com a chegada de cilindros emergenciais ao estado. O secretário explicou que além das remoções de pacientes para outros estados, o governo estadual trabalha com medidas alternativas, como a instalação de miniusinas de oxigênio para suprir a rede de saúde do Amazonas.

Segundo ele, aproximadamente 580 pacientes estão na fila, aguardando leitos no estado, e outros 100, em situação mais grave, aguardam vagas em UTIs.