Escrito por: Redação CUT
Depois de registrar meio milhão de mortes, país demora apenas 14 dias para perder mais 22.068 brasileiros para a doença. Mutias dessas vidas poderiam ter sido salvas se tivesse vacina para todos
O Brasil registrou 1.879 mortes em decorrência de complicações causadas pela Covid-19 em 24 horas – entre a quinta-feira (1º) e às 20h de sexta-feira (2), totalizando 522.068 vidas perdidas desde o início da pandemia – 22.068 pessoas morreram em apenas 14 dias, desde que o país ultrapassou a marca trágica de meio milhão de óbitos.
Muitas dessas vidas poderiam ter sido salvas se o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) não tivesse negligenciado o combate à pandemia, em especial a compra de vacinas.
De acordo com Pedro Hallal, epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, quatro em cada cinco mortes pela doença no país eram evitáveis caso o governo federal tivesse apoiando o uso de máscaras, medidas de distanciamento social, campanhas de orientação e ao mesmo tempo acelerando a aquisição de vacinas. De acordo com suas estimativas, pelo menos 400 mil pessoas não teriam morrido pela pandemia.
Número de casos
Entre quinta e sexta, foram registrados 65.165 novos casos confirmados, totalizando 18.687.469 contaminações desde o início da pandemia, em março do ano passado, segundo dados foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde do país.
A média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.542 - o menor número desde o dia 8 de março quando alcançou 1.540. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -26%. A tendência de queda foi registrada pelo sexto dia seguido, após 39 dias em estabilidade ou alta.
Nenhum estado apresenta tendência de alta nas mortes, dez estão em estabilidade; Distrito Federal e outros 16 apontam queda no comparativo com 14 dias atrás.
Já a média móvel de casos dos últimos 7 dias foi de 51.947 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -28% em relação aos casos registrados na média há duas semanas.
Essa é a menor média móvel de casos desde 24 de fevereiro, quando estava em 49.533. Em seu pior momento, a curva da média de diagnósticos chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho.