Brasil se aproxima de 160 mil vidas perdidas por Covid-19. Manaus volta a preocupar
País acumula 159.033 óbitos e a 5.496.402 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia
Publicado: 30 Outubro, 2020 - 11h12 | Última modificação: 30 Outubro, 2020 - 11h17
Escrito por: Redação CUT
O Brasil se aproxima da triste marca de 160 mil vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, segundo o balanço consórcio de imprensa atualizado às 8h desta sexta-feira (30).
Nesta quinta-feira (29), foram registradas 553 mortes e 26.647 casos da doença. Ao todo, o país acumula 159.033 óbitos e 5.496.402 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Enquanto a Europa volta a decretar medidas de restrições, fechando bares e restaurantes para conter a segunda onda da Covid-19, o Brasil continua estável ainda na primeira onda, sem previsão de queda ou aumento significativo do número de casos, pelo menos a curto prazo. É uma situação que intriga infectologistas, epidemiologistas e estatísticos.
Manaus volta a preocupar
De acordo com especialistas, o Brasil ainda está longe de conter a primeira onda, mas em Manaus, primeira cidade a entrar em colapso no início da crise, já dá sinais de que pode ter uma possível segunda onda da pandemia de Covid-19.
Na contramão de quase todo o país, o Amazonas vem registrando aumento no número de casos. Na capital, Manaus, uma das cidades mais severamente atingidas, as UTIs já estão lotadas novamente. Não há indícios de que a letalidade seja tão alta quanto à primeira onda, tanto pelo tratamento no tratamento da doença quanto pela proteção aos grupos mais vulneráveis.
No Macapá, novos decretos com medidas restritivas em função do aumento de casos e internações por Covid-19 entraram em vigor na última na quarta-feira (28) e têm duração de 7 dias. Entre as principais medidas, está a suspensão de atividades que geram aglomeração, como ações de campanha eleitoral e o funcionamento de bares, balneários, casas de shows.
De acordo com os dados coletados até as 20h desta quinta-feira (29), a média de mortes nos últimos sete dias foi de 439, o que representa um cenário de estabilidade em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país esteve em situação de queda da média, retornando à situação para a estabilidade deste terça-feira.
Nenhuma região do país apresenta crescimento da média móvel de mortes, em comparação ao dado de 14 dias atrás. Norte, Nordeste, Sul e Sudeste apresentam estabilidade. Até quarta, o Sudeste apresentava queda.
Mas Amapá, Amazonas, Ceará e Santa Catarina têm aumento da média móvel de mortes.
Acre, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe se encontram com média móvel de mortes estável. Os demais estados e o Distrito Federal apresentam queda.
Estados
Subindo (5 estados): ES, AC, AM, AP e CE
Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (10 estados): RS, SC, RJ, GO, PA, BA, MA, PE, PI e SE
Em queda (11 estados + o DF): PR, MG, SP, DF, MS, MT, RO, RR, TO, AL, PB e RN
EUA bate novo recorde de casos em 24 horas
Os Estados Unidos registraram nesta quinta-feira (29) um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas, ao superar pela primeira vez os 90.000 novos contágios, segundo contagem da universidade Johns Hopkins.
O país, que atravessa um recrudescimento da epidemia desde meados de outubro, somou 91.290 novos casos entre quarta e quinta-feira, segundo registro às 20h30.
Também em 24 horas, 1.021 pessoas morreram por causa da Covid-19 nos Estados Unidos, de longe o país mais afetado do mundo em número de vítimas fatais.
O país registrava mais de 228 mil mortes desde o início da pandemia e 8,94 milhões de casos.
Pelo menos duas cidades de Nova Jersey, incluindo Newark, perto de Nova York, voltaram a adotar restrições, como toque de recolher para pessoas que não realizam atividades essenciais. Os casos também estão aumentando nos estados da Pensilvânia, Connecticut e Massachusetts.
Aumento de casos na Rússia
O governo da Rússia afirmou nesta sexta-feira (30) que há falta de médicos no país em decorrência de uma alta de casos de Covid-19. O número de novas infecções registradas em um dia foi de mais de 18 mil, um recorde para um período de 24 horas. Em Moscou, foram mais de 5.000 novos casos. Foram 355 mortes.
Desde o começo da pandemia, 1,6 milhão de pessoas na Rússia foram infectadas pelo coronavírus. Dessas, 27,6 mil morreram.