Escrito por: Redação CUT, com colaboração da CUT-RS
Média diária dos últimos sete dias é de 963 mortes diárias. Neste domingo (16), o Ministério da Saúde confirmou mais 620 mortes e casos foi de 23.101nas ultimas 24 horas
O Brasil ultrapassou a marca de mais de 107 mil vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. E mais de 3,3 milhões de brasileiros já foram infectados pela doença, o que mantém o país na segunda colocação no ranking da tragédia provocada pela maior emergência sanitária da história. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com 169.841 mortes e 5,38 milhões casos confirmados, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
A média de mortes e casos registrados no Brasil ainda é alta, o que indica que a pandemia continua descontrolada. Só nos últimos sete dias, segundo a média móvel, foram 963 óbitos e 43.488 casos registrados por dia.
Neste domingo (16), o Ministério da Saúde confirmou mais 620 mortes e 23.101 casos em 24 horas, lembrando que nos finais de semana os números são menores porque tem laboratório que fecha e outras que operam com menos funcionários.
O balanço desde domingo não inclui as novas mortes no Acre, que vai passar a divulgar o número apenas de segunda à sexta. Em nota, a secretaria de Saúde do estado informou que os óbitos do fim de semana agora entrarão no boletim de segunda-feira.
Estados com média móvel de mortes em alta
Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Santa Catarina são os cinco estados e o DF apresentaram aceleração na média móvel de mortes por Covid-19.
Estados com médica móvel de mortes em baixa
Os estado com média móvel de mortes em queda são Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Estados com média móvel de mortes estáveis
Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, São Paulo e Tocantins permaneceram com casos e mortes estáveis.
Apesar de a pandemia estar acelerada em alguns estados, todas as regiões do país indicaram estabilidade de vítimas da Covid-19 na variação de 14 dias.
Aglomerações em bares de SP
Mesmo com todos dados de casos e mortes ainda em alta, a população continua desrespeitando as medidas de segurança. Em Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, bares e restaurantes da Zona Oeste ficaram lotados na noite deste sábado (15), no segundo final de semana após o prefeito Bruno Covas (PSDB) liberar o funcionamento noturno. Na Vila Madalena e no Itaim Bibi os estabelecimentos tiveram aglomerações e desrespeito aos protocolos de segurança sanitária.
Do outro lado da cidade, na Zona Sul, a polícia foi chamada para dispersar pessoas que bebiam em um posto de gasolina e estavam sem máscaras. De acordo com os dados divulgados neste domingo (16), 2.113 novos casos foram registrados em São Paulo. O estado tem, ao todo, 699.643 pessoas infectadas e 26.852 mortes causadas pela doença.
Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 643 cidades, sendo 504 com um ou mais óbitos. Das vítimas fatais, 15.506 são homens e 11.346, mulheres.
Aglomerações em praias e bares do RJ
Já no Rio de Janeiro, como tem ocorrido com frequência, foram registradas aglomerações nas praias e bares carioca no fim de semana. Sem nenhum planejamento, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) desistiu de fazer "cercadinhos" nas praias para evitar a aglomerações de banhistas.
Apesar de estar na lista das regiões que estão em queda, o estado do Rio de Janeiro registrou 36 novos óbitos e 3.665 novos casos confirmados em 24 horas. No total, 14.562 cariocas perderam a vida pela Covid-19 e quase 195 mil casos.
Minas ultrapassa 175 mil casos
No estado de Minas Gerais, 827 municípios registraram casos da doença e em 452 deles houve mortes. A cidade com mais casos é Belo Horizonte com 27.654 infectados 808 mortos. Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem 16.071 infectados e 300 mortes. Já Governador Valadares, no Rio Doce, tem 5.043 casos e 179 óbitos.
O estado chega a 175.715 casos pelo novo coronavírus e 4.223 mortes, nesta segunda-feira (17), segundo o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Nas últimas 24 horas foram 1.313 novos infectados e 91 óbitos. Dentre os doentes, 142.118 já se recuperaram e 29.374 estão em acompanhamento.
Pandemia em alta no RS
Está cada vez mais difícil levar a sério os números oficiais da pandemia do coronavírus. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou no último sábado (15) a ocorrência de 16 novos óbitos, totalizando 2.647 vidas perdidas para a Covid-19.
A alegação do governo Eduardo Leite (PSDB) para a queda nas mortes foi uma instabilidade no sistema de notificação, como já ocorreu em São Paulo, Goiás e outros estados.
No sábado, foram registrados 2.310 novos casos de coronavírus, elevando o total para 97.445, enquanto a planilha de monitoramento das UTIs indicava a ocupação de 87,85% dos leitos em Porto Alegre.
Os números de domingo revelaram aumento das mortes e redução de novos infectados. Foram registrados 42 óbitos em 24 horas, totalizando 2.689 desde o início da pandemia. E foram notificados 449 novos casos da doença, que já contaminou ao menos 97.877 pessoas no Estado. A taxa de ocupação dos leitos de UTI subiu para 88,36% na capital gaúcha.
Coincidência ou não, tudo isso ocorre em meio à liberação do funcionamento do comércio em Porto Alegre a partir desta segunda-feira (17), enquanto o governador anunciou um calendário escalonado de retorno às aulas presenciais, após pressão de setores econômicos, e que vem sendo questionado pelos sindicatos que representam os educadores gaúchos.