Escrito por: Redação CUT
Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas e o Distrito Federal são os que mais preocupam as autoridades de saúde e onde já tem indícios de uma fase de aceleração descontrolada da doença
O Brasil tem 12.240 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) e 567 mortes, de acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde divulgados nesta terça-feira (7). No mundo, já são 1.363.365 casos confirmados e 76.420 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins University (JHU), dos EUA.
São Paulo continua sendo o estado mais atingido pela pandemia do coronavírus. O número de casos confirmados passou para 4.866 – até esta segunda-feira (6) eram 4.620, segundo o balanço do Ministério da Saúde. O número de óbito passou de 275 para 304. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 1.461 casos e 71 óbitos.
Com 223 casos, o estado de Pernambuco ultrapassou o Ceará e agora é o terceiro com maior número de mortes, com 30, entre elas uma grávida que teve o bebê retirado às pressas – o bebê está em estado grave. O Ceará tem 1013 casos confirmados de Covid-19 e 29 mortes.
São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas e o Distrito Federal são os locais que mais preocupam as autoridades de saúde e onde já há indícios de uma transição para a fase de aceleração descontrolada da doença.
Nesta terça-feira (7), a Bahia confirmou sua 11ª morte nesta manhã. A vítima era um homem de 64 anos que estava internado em um hospital público de Salvador. Ele era diabético e tinha problemas cardíacos.
Para conter a disseminação acelerada no estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) prorrogou a quarentena até 22 de abril, mantendo fechados estabelecimentos e comércios não essenciais. Caso a medida de isolamento social seja desrespeitada, o governador autorizou a interferência da Polícia Militar para dispersar qualquer aglomeração.
Doria disse ainda que todas as prefeituras do estado têm obrigação de seguir o decreto, e que a decisão foi tomada com base em informações científicas.
Na pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (6), 76% dos entrevistados afirmaram ser a favor do isolamento social para conter a disseminação do coronavírus. Indo na contramão de Jair Bolsonaro que defende um isolamento vertical e abertura do comércio, segundo ele, para salvar a economia.
Após quatro dias de queda, a Espanha registrou 743 mortes em 24 horas por Covid-19, de acordo com o balanço divulgado pelo ministério da Saúde nesta terça-feira (7). Já são 13.798 vítimas fatais no país desde o início da pandemia.
Os Estados Unidos registraram 1.150 mortes causadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, ultrapassaram a marca de 10 mil óbitos no país e já se aproximam das 11 mil, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Tratado como "novo epicentro" do vírus, o estado de Nova York ainda é o mais afetado — somente a cidade de Nova York já registrou 3.485 mortes.
O número de mortes na Itália aumentou novamente nesta segunda-feira (6), com mais 636 mortes em 24 horas, após dois dias consecutivos em declínio. No domingo, o número de mortos havia sido de 525, já nesta segunda foram 636, uma alta em comparação aos dias anteriores.