Escrito por: Redação CUT
Periferias das grandes cidades são as mais afetadas pela pandemia de coronavírus. São Paulo teve recorde de contaminação em apenas 24 horas com 6.382 novos casos
Com cidades planejando a flexibilização do isolamento social, única maneira de conter a disseminação do novo coronavírus, o Brasil continua em tendência de alta no número de mortes e casos confirmados por Covid-19, doença provocada pelo vírus. Só nesta quinta-feira (29) foram 26.754 óbitos, 1.156 registrados nas últimas 24 horas e 438.238 pessoas foram contagiadas pelo coronavírus em todo o país.
O Ministério da Saúde informa que os casos recuperados da doença somam 177.604 pessoas, e 4.211 óbitos ainda estão em investigação, aguardando o resultado dos exames.
O número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus em todo o planeta já chega a 5.840.369 com de 361.119 mortes desde o início do surto, em janeiro, de acordo com balanço da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Periferias em São Paulo
São Paulo, que anunciou na quarta-feira uma flexibilização na quarentena a partir de 1º de junho, teve recorde de contaminação em apenas 24 horas. Foram 6.382 novos casos confirmados.
Na capital, 20 bairros onde mais pessoas morreram por Covid-19 estão nas regiões periféricas da capital.
Brasilândia, na Zona Norte, é o bairro onde há mais óbitos registrados, são quase seis mortos por dia. Em Sapopemba, na Zona Leste, já são mais de 179 casos fatais. Os bairros de Itaquera, Freguesia do Ó, Cidade Dutra, Pirituba e Cangaíba estão entre os bairros mais afetado pela pandemia do coronavírus.
Em Campo Limpo, na Zona Sul, as mortes por síndrome respiratória cresceram 610% de 17 de abril até 20 de maio. O percentual é o maior da cidade nesse período, o distrito viu o número de vítimas saltar de 10 para 71.
O estado de SP continua na liderança de casos e mortes, com 95.865 e 6.980, respectivamente. Logo atrás está o Rio de Janeiro, com 44.886 e 4.856 mortes, e o Ceará com 37.821 casos e 2.733 óbitos.
Periferias do Rio
Nas comunidades do Rio de Janeiro, já se aproxima de mil as pessoas infectadas com o novo coronavírus.
A Rocinha, na Zona Sul, é a comunidade que lidera as estatísticas, com 195 casos confirmados e 55 mortes. Na região, moradores relatam a circulação diária de vans lotadas de pessoas e de aglomeração nas ruas.
Em seguida, no número de casos e mortes, vem o Complexo da Maré, na Zona Norte, com 46 óbitos e 166 confirmados com Covid-19. Os moradores não denunciam a situação por medo, e dizem também não haver fiscalização na área.
Ceará terá flexibilização no dia 1º de junho
Terceiro estado mais atingido pela pandemia, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou nesta quinta-feira (28) que o estado terá uma flexibilização na quarentena e isolamento social a partir de dia 1º de junho.
No plano de transição gradual estabelecido pelo governador terá a reabertura de lojas ligadas a material de construção, higiene e beleza (barbearias e manicures) e óticas. Parte do setor indústrial também terá permissão para funcionar, assim como obras de construção civil com até 100 operários.
A primeira etapa deverá durar sete dias, e nova avaliação será feita com base nos indicadores de saúde após este período.