Escrito por: Redação RBA
De janeiro a setembro, vendas brasileiras ao exterior caíram 6%. O saldo é 19% menor, e estimativa indica queda de 28% no fechamento do ano
De janeiro a setembro, as exportações brasileiras somaram US$ 167,379 bilhões, queda de 6% em relação a igual período de 2018, informou hoje (1º) o Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior. O saldo comercial é 19% menor, caindo de US$ 41,737 bilhões para US$ 33,790 bilhões. Com base na média diária, o recuo é de 19,5%. Segundo o jornal Valor Econômico, o governo já revisa para baixo, para US$ 41,8 bilhões, sua estimativa de superávit no ano, o que significaria retração de 28%.
Houve diminuição das vendas nas três categorias: manufaturados (-8%), semimanufaturados (-5%) e básicos (-1,2%). No primeiro grupo, estão itens como veículos de carga (-40,2%), automóveis de passageiros (-33,7%), plataforma para extração de petróleo (-32,3%) e autopeças (-17,7%). No segundo, destaque para óleo de soja em bruto (-35,4%), couros e peles (-20,6%) e açúcar em bruto (-20,1%), entre outros. Nos básicos, caiu a receita com exportação de soja em grãos (-22,3%), farelo de soja (-16,5%), minério de cobre (-15,6%), petróleo em bruto (-4,6%).
Já as importações somam US$ 133,589 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Também com base na média diária, houve recuo de 1,8% em relação a 2018.
Em 12 meses, de outubro do ano passado até setembro último, as exportações brasileiras caíram 1,1% e as importações cresceram 1,9%. O saldo recuou 9,7%.
Ainda no acumulado do ano, em relação a 2018, as vendas para o Mercosul caíram 34,2%, sendo 39,3% no caso da Argentina. Houve também recuo para União Europeia (-9%) e Ásia (-1,7%, chegando a -3,4% no bloco China, Hong Kong e Macau). Cresceram as exportações para os aliados Estados Unidos (5,1%) e Oriente Médio (17,3%).
Os principais destinos das exportações brasileiras, no ano, são China, Hong Kong e Macau (US$ 48,037 bilhões), Estados Unidos (US$ 21,801 bilhões), Países Baixos (US$ 8,084 bilhões), Argentina (US$ 7,474 bilhões) e Chile (US$ 3,830 bilhões). Os países que mais vendem para cá são China, Hong Kong e Macau (US$ 27,094 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,536 bilhões), Alemanha (US$ 7,833 bilhões), Argentina (US$ 7,815 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,670 bilhões).
Apenas em setembro, a exportação somou US$ 18,740 bilhões, retração de 11,6% na comparação com igual mês do ano passado. As importações (US$ 16,494 bilhões) cresceram 5,7%. O saldo (US$ 2,246 bilhões) teve forte queda, de 59,9% pela média diária.