Escrito por: Redação CUT

Brasil ultrapassa 450 mil vidas perdidas para a Covid-19

Em apenas 24 horas, o país registrou 841 mortes e 37.563 casos da doença- o total de infectados desde o início da pandemia é de  16.121.136

Alex Pazuello/Semcom

Com a vacinação lenta e desrespeito às regras de distanciamento social para conter a disseminação do vírus, especialmente por parte do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), o Brasil ultrapassou a marca de 450 mil vidas perdidas para Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, nesta segunda-feira (24). Em apenas 25 dias o número de mortes pulou de 400 mil para mais de 450 mil.  

Em número de vidas perdidas, o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (589 mil). Em números de mortos por 100 mil habitantes, o Brasil está na 11º posição, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que monitora os números da pandemia no mundo. O país está em 56º no ranking mundial de países quando considerado o número de doses de vacina aplicadas em relação à população.

Nos Estados Unidos, onde cerca de 50% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina, a média diária de novos casos ficou abaixo de 30 mil pela primeira vez em 11 meses na sexta-feira (21). O número mostra que a vacinação está sendo eficaz para conter o vírus. 

No Brasil, embora a média móvel de mortes por dia tenha recuado, o país registra há quatro meses mais de mil mortes por dia. Especialistas afirmam que para controlar o avanço do coronavírus é preciso acelerar a imunização da população, mas o ritmo da vacinação caminha a passos lentos nas últimas semanas. Em abril, 644 mil brasileiros recebiam a primeira dose por dia, na semana passada, em média, cerca de 450 mil foram imunizados por dia. 

Cerca de 42.539.769 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid no país, o que corresponde a 26,44% da população com mais de 18 anos —20.935.857 já receberam a segunda dose do imunizante e cerca de um mês após a injeção podem ser consideradas totalmente imunizadas.

Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 17 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento da crise sanitária no longo ou curto prazo.

Do ponto de vista epidemiológico, segundo a Fiocruz, as flexibilizações das medidas de distanciamento social facilitam a disseminação de vírus respiratórios país e, portanto, podem levar a uma retomada do crescimento no número de novos casos.

Mortes em 24 horas

Nas últimas 24 horas, o país registrou 841 mortes e 37.563 casos da doença —o total de infectados pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia foi a 16.121.136.

A média móvel de mortes no país está em 1.881 óbitos por dia, ficando abaixo de 2.000 há duas semanas.

A média é um instrumento estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados. O dado é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.