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Brasil volta a registrar mais de 900 mortes por Covid-19 em 24h

País já registrou mais de 182.854 óbitos registrados e mais de 6.974.258 diagnósticos de Covid-19 desde o início da pandemia

Publicado: 16 Dezembro, 2020 - 11h29 | Última modificação: 16 Dezembro, 2020 - 16h00

Escrito por: Redação CUT

BRUNO KALLI - FOTOS PÚBLICAS
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O Brasil voltou a registrar nesta terça-feira (15) mais de 900 mortes por Covid-19 depois de um mês de números mais baixos. Foram 915 mortes pela Covid-19 em 24 horas, o que elevou o total de vidas perdidas para 182.854 desde o início da pandemia do noco coronavírus, em fevereiro deste ano. Também em apenas 14 horas foram registrados 44.849 novos casos confirmados da doença, elevando o total para 6.970.034.

Foi o maior registro de mortes desde 12 de novembro, quando foram registrados 926 óbitos, segundo a Folha de S. Paulo. Naquele momento, os dados sofriam com oscilações e represamento (o que levava a números muito elevados ou muito baixos) devido a problemas no sistema do Ministério da Saúde, que sofreu com um ataque de hacker no sistema.

O Rio de Janeiro, seguido por São Paulo, são os estados líderes em número de mortes registradas. A capital fluminense registrou 565 mortes em duas semanas. Em segundo lugar está São Paulo, com 514 mortes em 14 dias. Na sequência, registraram as mais altas taxas de mortalidade o Distrito Federal e Porto Alegre. O levantamento, que se baseou em dados coletados até segunda-feira (14), foi feito pelo pesquisador Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa, segundo o jornal Extra.

Aumento na média móvel de mortes e novos casos

A média móvel de mortes nos últimos sete dias foi de 667, a maior desde o início de outubro, segundo levantamento do consórcio de imprensa feito com base nos dados repassados pelas secretarias Estaduais da Saúde.
Já a média móvel de casos confirmados de Covid-19 nos últimos 7 dias foi de 42.620 por dia. Isso representa uma variação de +11% em relação aos casos registrados em duas semanas.

O aumento de casos e mortes por Covid-19 no Brasil ocorrem em meio a críticas ao governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que segue, como desde o ínicio da pandemia, sem um plano nacional de vacinação contra o vírus, boicotando as medidas de prevenção como uso da máscara e isolamento social e, agora, fazendo até campanha contra a vacina.

Nesta quarta-feira (16), o governo federal anuncia um novo plano de imunização contra a Covid-19 depois de muitas críticas ao plano insuficente e confuso, sem data de início da imunização, sem prioridade a grupos como as pessoas com deficiência, que enviou no sábado para o Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ao Ministério da Saúde que entregasse o plano. Após a lambança, o jornal The New York Times publicou uma matéria afirmando que o Brasil está mergulhado no caos e 'brincando com vidas'.

Nesta quarta, o STF começa a julgar duas ações que discutem a obrigatoriedade da vacinação, se alguém pode ser punido ou ter acesso negado a serviços, por exemplo, por não receber as doses. O relator das ações é o ministro Ricardo Lewandowski. No domingo, ele determinou que o Ministério da Saúde apresentasse datas de início e do término da campanha de vacinação contra o novo coronavírus.

Em resposta, o governo não cravou datas, mas disse que a vacinação começa cinco dias após o aval da Anvisa e o recebimento das primeiras doses. O pedido de informações de Lewandowski foi feito no âmbito de duas ações específicas sobre o plano de vacinação.

Situação nos estados

Há 19 unidades federativas com tendência de alta na média móvel de mortes, são elas: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Goiás, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins demonstram estabilidade, enquanto que Amazonas, Ceará e Maranhão apresentam queda.