Escrito por: Redação CUT
País contabiliza 197.777 vidas perdidas e 7.812.007 pessoas contaminadas desde o início da pandemia
Com a taxa de transmissão do novo coronavírus em alta, o Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por Covid-19 nesta terça-feira (5). Foram 1.186 novos óbitos nas últimas 24 horas e 57.447 casos, segundo o consórcio de veículos de imprensa.
Com isso, já são 197.777 mortes registradas e 7.812.007 pessoas contaminadas desde o início da pandemia. Isto acontece no momento em que a taxa de transmissão do vírus em todo o mundo teve uma ligeira alta esta semana, segundo o Imperial College de Londres. A taxa subiu de 1,01 para 1,04, o significa dizer que, em tese, cada 100 pessoas infectadas passam o vírus para outras 104.
Segundo especialistas, qualquer taxa acima de 1 significa que o número de casos está acelerando. A pandemia começa a ser controlada quando a chamada taxa R permanece abaixo de um por, no mínimo, duas semanas seguidas. A chance de os números refletirem a realidade é de 95%.
Vale ressaltar que, em razão dos feriados prolongados de Natal e no Novo, os laboratórios e as secretarias de Saúde trabalharam em esquema de plantão. Por isso os dados desta terça-feira (5) estão represados e vão sendo liberados nos dias seguintes. No entanto, o Brasil vem registrando há semanas o aumento significativo de mortes, e de acordo com os especialistas esse número pode aumentar ainda mais nas próximas semanas devido as aglomerações nas festas de fim de ano.
Desde o começo da pandemia, o Brasil tem administrado a crise de forma desastrosa, e ainda não tem data para o começo da vacinação. Cerca de cinquenta países já iniciaram sua campanha de vacinação contra a doença, um ano após o primeiro alerta lançado pelas autoridades chinesas à Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nas últimas 24 horas, 57.447 novos casos de Covid-19 foram confirmados. É mais do que o dobro do número da última segunda (4). Nesta terça, o Brasil registrou, em média, 32.260 novos casos por dia, uma queda de 30% na comparação com a média de duas semanas atrás. Já a média móvel de mortes está em 723 por dia, 7% a menos do que a média de 14 dias atrás. Como a variação é menor do que 15%, temos estabilidade.
Situação crítica no Amazonas
O aumento de casos confirmados de Covid-19 em Manaus fez crescer o número de pessoas que morreram em casa, muitas delas sem assistência médica. Nos três primeiros dias contabilizados de 2021 (2 a 4 de janeiro) foram 33 mortes em domicílio, média de 11 por dia, quase o dobro da média diária do mês de dezembro, que já tinha registrado aumento em relação a novembro.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, em dezembro foram pelo menos 213 óbitos em domicílio, segundo os dados da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana e Serviços Públicos, que administra os cemitérios da cidade.
As mortes são diretas e indiretamente ligadas à pandemia, segundo a FVS-AM (Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas). Inclui tanto as pessoas que morreram por Covid-19 quanto as pessoas que morreram por outras doenças por não terem conseguido atendimento hospitalar.
Manaus enfrenta superlotação, falta de leitos, macas nos corredores, aumento de internações e pessoas se aglomerando, sem distanciamento social, dentro das unidades de saúde da capital amazonense.
A taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva na rede pública chegou a 92% nesta segunda-feira (4), quando ocorreu um novo recorde de hospitalizações em 24 horas desde o início da pandemia em Manaus.
Estados
Cinco estados têm alta na média de mortes: Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins e Sergipe. As maiores altas foram registradas em Roraima – que tem média de duas mortes por dia -, com 129%, e no Amazonas – que tem média de 26 óbitos por dia - com 88%.
Com variação de até 15% para mais ou para menos, considerada estabilidade, temos o DF e 16 estados: Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia, toda a região Centro-oeste - Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul -, além de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Com queda na média de mortes, temos cinco estados: Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. As maiores quedas foram em Pernambuco – que tem média de 14 mortes por dia -, 34%, e em Santa Catarina – com média de 37 mortes -, 30%.