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Brasil volta a registrar mais de mil mortes por Covid-19 em 24 horas

No total, o país já registrou 640.744 mortes e 27.806.786 infecções confirmadas desde o início da pandemia, em março de 2020

Publicado: 17 Fevereiro, 2022 - 12h29

Escrito por: Redação CUT

Breno Esaki/Agência Saúde DF
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O Brasil voltou a registrar nesta quarta-feira (17) mais de mil pessoas mortas em consequência de complicações causadas pela Covid-19, em apenas 24 horas.

O aumento levou a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) a defender a volta às aulas presenciais após a vacinação contra a Covid-19 no país atingir 21% das crianças de 5 a 11 anos de idade. Os não-vacinados, dizem os pesquisadores, particularmente vulneráveis à infecção e à disseminação do vírus em todos os grupos etários.

Em São Paulo, o governo do estado anunciou um mutirão de vacinação de crianças de 5 a 11 anos nas escolas, entre os dias 19 e 25 de fevereiro.

País volta a registrar mais de mil mortes em 24 horas

Entre terça e quarta, foram registradas 1.085 mortes por Covid-19, totalizando 640.744 vítimas da doença desde o início da pandemia, em março de 2020. No mesmo período, foram contalibilzados 147.734 novos casos da doença, totalizando 27.806.786 infecções confirmadas desde 2020.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que divulgou os dados, dos 26 estados e Distrito Federal, três unidades da federação registraram queda nas médias móveis e outros cinco mantiveram índices estáveis.

Roraima (23%), Amazonas (57,5%) e Ceará (16%) apresentaram diminuição na quantidade de mortes em relação há 14 dia. Outros cinco estados mantiveram seus índices estáveis, são eles: São Paulo, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Os dados de todo o pais, no entanto, mostram que o número de mortos segue em alta. Um aumento de 25% em relação há duas semanas, e se mantém em crescimento por 36 dias consecutivos. 

Que na média móvel de casos

A média móvel de novos casos de Covid-19 segue em queda pelo sexto dia seguido após longo período em alta e recorde de infecções causadas pela variante ômicron. As infecções registradas em 24 horas em todo o país, levou o índice a 121.621,7 -  uma diminuição de 32% em relação há duas semanas. 

Fiocruz alerta para baixa vacinação de crianças

Os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avaliam que o retorno das atividades presenciais nas escolas é arriscado, e defende a volta após a vacinação contra a Covid-19 no país atingir 21% das crianças de 5 a 11 anos de idade.

O principal motivo para a lentidão na cobertura vacinal, segundo os pesquisadores, é a difusão de notícias falsas, que tem provocado resistência das famílias sobre a eficácia e segurança da imunização.

Membros do observatório da Fiocruz alertaram ainda que os não-vacinados se tornam particularmente vulneráveis à infecção e à disseminação do vírus, inclusive entre outros grupos etários. Por isso, a instituição apela por uma articulação de todas as esferas de gestão para a expansão da cobertura vacinal no país.

“Trata-se de um receio seletivo para a vacina contra a Covid-19. Mais do que nunca, cabe o devido esclarecimento à sociedade civil, com linguagem simples e acessível sobre a importância, efetividade e segurança das vacinas, envolvendo a responsabilidade de todos os níveis de gestão da saúde no país”, destaca o documento.

SP anuncia mutirão de vacinação de crianças

O estado de São Paulo anunciou que fará uma semana intensiva de vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 entre os dias 19 e 25 de fevereiro nas escolas.

Os municípios que aderirem poderão vacinar as crianças sem a presença de pais ou responsáveis, que deverão apenas assinar um documento de concordância. De acordo com o governo, o termo já foi disponibilizado aos 645 municípios e poderá ser enviado aos pais e responsáveis nas escolas que aderirem a iniciativa.

Durante esta semana, os municípios poderão montar postos volantes de vacinação nas escolas municipais, estaduais e privadas.

São Paulo já vacinou 60% do público entre 5 e 11 anos com a primeira dose, o equivalente a 2.404.443 crianças.

Vacinação nos estados

O estado do Amapá tem apenas 5,3% das crianças de 5 a 11 anos vacinadas contra a covid-19. O número representa o pior desempenho dos estados brasileiros.

Já a maior taxa observada pela Fiocruz foi no Distrito Federal, que tem 34,6% das crianças imunizadas. Outras seis unidades federativas possuem cobertura de primeira dose maior que a média nacional: Rio Grande do Norte (32,6%), Paraná (28,6%), São Paulo (28,1%), Sergipe (23,9%), Rio Grande do Sul (23,2%) e Espírito Santo (21,9%).

Entre as capitais, a nota técnica destacou pelo menos 10 que estão abaixo da marca do país: Macapá e Campo Grande aparecem com o pior índice, de apenas 1,6% de crianças vacinadas. Depois vem Recife (1,9%), Rio Branco (6,9%), Teresina (8,4%), Cuiabá (15,7%), João Pessoa (15,8%), Porto Velho (16%), Belo Horizonte (18,4%) e Boa Vista (20,6%).