Escrito por: Redação RBA

Brasil x México, retrospecto é favorável, mas o que vale é a bola rolando

Às 11h desta segunda Brasil entra em campo na Rússia para partida decisiva. O mata-mata já mandou para casa times favoritos, como Argentina e Espanha

RICARDO STUCKERT

França, Uruguai, Rússia e Croácia já garantiram suas vagas para as quartas de final da Copa do Mundo, mandando para casa seleções consideradas favoritas, como Espanha, Portugal e Argentina. Hoje, é a vez de mais uma favorita entrar em campo.

Todos sabem que retrospecto não ganha jogo, é a seleção brasileira deve enfrentar dificuldades na partida desta segunda-feira (2), às 11h, contra o México, pelas oitavas de final. A história de duelos entre brasileiros e mexicanos pela Copa do Mundo revela, além da vantagem verde-amarela, que o time verde-branco nunca marcou um gol sequer.

Até agora, foram apenas quatro confrontos entre Brasil e México. O mais recente aconteceu justamente na Copa de 2014 e foi o único que terminou em empate, 0x0, com destaque para o goleiro Ochoa, que ainda é o titular. A partida foi disputada no Castelão, em Fortaleza, em 17 de junho.

Nas outras três partidas, passeios brasileiros. Em 24 de junho de 1950, um sábado ensolarado no recém-inaugurado Maracanã, a seleção fez 4 a 0, com dois gols de Ademir Menezes, um de Jair da Rosa Pinto e outro de Baltazar. O ataque daquele time era avassalador – mas parou, como se sabe, na final da Copa, contra o Uruguai.

Na Copa seguinte, em 16 de junho de 1954, novo jogo e nova goleada: 5 a 0, gols de Baltazar, Didi, Pinga (dois) e Julinho Botelho. Foi a estreia da "amarelinha" como camisa oficial da seleção brasileira, que abandonou o branco depois da "tragédia" de 1950. O time cairia nas quartas de final, diante da poderosa Hungria, que venceu por 4 a 2, com direito a briga no final.

O terceiro jogo foi na Copa de 1962, em Viña del Mar, no Chile: em 30 de maio, o Brasil, campeão na edição anterior, venceu por 2 a 0, tentos marcados no segundo tempo por Zagallo, de "peixinho", e Pelé, entrando na área e chutando de pé esquerdo. Em 17 de junho, viria o bicampeonato mundial.

Se nas Copas o Brasil não teve tanto sobressalto, em pelo menos uma vez o México triunfou, e de forma marcante, na decisão da Copa das Confederações em 1999, em 4 de agosto, diante de 110 mil torcedores, no mesmo estádio Azteca que testemunhou o tri brasileiro em 1970. Os mexicanos abriram 2 a 0, a seleção chegou ao empate, o time da casa marcou mais dois e a equipe dirigida à época por Vanderlei Luxemburgo descontou. Final, 4 a 3.

O Brasil também tropeçou na pedra mexicana na final olímpica de 2012, no estádio de Wembley, em Londres. Com Neymar em campo, os astecas fizeram 2 a 1 – a seleção diminuiu no fim, com Hulk.