Brumadinho: Sem acesso a exames, 1 milhão de pessoas podem ter metal no sangue
No rio Paraopeba foi encontrado mais minério manganês do que o permitido. O contato com o metal, por vias aéreas ou por meio da água, pode causar câncer, fraqueza muscular, motora e alterações neurológicas
Publicado: 28 Outubro, 2019 - 15h25
Escrito por: Pedro Stropasolas, do Brasil de Fato
Nove meses após o crime do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), que tirou a vida de 250 pessoas - 20 ainda estão desaparecidas - centenas de ribeirinhos de 48 municípios aguardam por diagnósticos e exames toxicológicos.
Segundo levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 1,3 milhão de pessoas que vivem às margens do rio Paraopeba podem estar contaminadas com metais pesados. Em entrevista ao Brasil de Fato, o coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz), Carlos Machado de Freitas, disse que todas as pessoas que vivem à margem do Paraopeba e dependem da sua água foram afetadas.
De acordo com a matéria especial sobre a tragédia publicada nesta segunda-feira (28) no site do Brasil de Fato, o último boletim, divulgado em outubro pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), revela a presença do minério manganês em diferentes pontos do Paraopeba em níveis acima do permitido. O contato com o metal, por vias aéreas ou por meio da água, pode causar câncer, fraqueza muscular e motora, além de alterações neurológicas.
Confira aqui a íntegra da matéria: